sexta-feira, março 31, 2006

Seguindo os mestres (Da série Inomináveis)


Estou no Campus do Vale, assistindo a defesa da Katarina, a pura, aproximando-me de Yôda. Já volto com mais informações...

10 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Como correu? Tudo bem?

1/4/06 07:55  
Blogger Tuca disse...

Estou louca para saber como foi... Estava torcendo, de longe, de soslaio, para que fosse um sucesso. Beijos à Katarina e Marcos.

1/4/06 10:33  
Blogger Gláucia disse...

Foi tudo bem. Ela conseguiu não apenas responder a todas as perguntas, como também desconstituir algumas das objeções. Outras ela admitiu com bastante serenidade. Mas a defesa foi, sobretudo, uma lição de coragem, pois a Katarina é uma pessoa destemida, forte e corajosa. Em vários sentidos, foi, pra mim, um aprendizado.

1/4/06 13:52  
Blogger Leonor disse...

Óptimo! Tenho um colega que diz que ninguém sabe do assunto que nós tratámos melhor do que nós e eu acabei por concordar com ele na minha defesa. Teria continuado lá mais um hora trocando argumentos mas no primeiro quarto de hora estava completamente a leste, o orientador tinha dito para preparar um assunto e acabaram questionando outro. Bjs

1/4/06 14:23  
Blogger Gláucia disse...

Aconteceu o mesmo com a Katarina. Ela preparou um assunto, que era, no seu entender, o que deveria ter sido questionado. Mas ninguém perguntou sobre o que estava preparado.

1/4/06 15:30  
Blogger Leonor disse...

É um sufoco enquanto encontramos o fio da meada mas depois é sempre em frente... :)

1/4/06 18:31  
Anonymous Anônimo disse...

Gláucia, Rogério, Clarinha: Tudo o que eu disser para agradecer é nada. Gláucia conseguiu, ainda não sei como...me trazer um dos melhores e mais importantes cafés que já tomei em toda a minha vida. Devo tanto aquele gesto, que qualquer outra palavra vai diminuir tamanha doçura.
Vocês são lindos. Muito grata, com os restos de pulmão que me sobraram. E muitos beijos

1/4/06 23:32  
Anonymous Anônimo disse...

Êpa! Agora que me dei conta! Mestres? Cuma? hahhhhaha

olha quem falando...

hahhaah

mestre de coisa alguma. Palestina do Espetáculo Triunfante!

1/4/06 23:35  
Blogger Gláucia disse...

Katarina,
O bonito da vida é isso: cafés que não se traduzem, segundos que se perpetuam, cumplicidades que sobrevivem, apesar, e sempre e muito e tanto, que presentes sendo riso ou sendo pranto, que presentes no silêncio, ou nalgum canto remotamente reconhecido pelos nossos corações...
O bonito da vida, minha amiga, é que na busca perpétua de cada um de nós, conseguimos cavar a alegria do Encontro. E, a partir dela, as duras tarefas de limpeza do terreno, resgates e reconstruções que tens pela frente serão muito, mas muito mais fáceis.
Doce é saber que furacões como nós, ainda que não sejam sempre compreendidos, são amados. Ou, pelo menos, admirados...

2/4/06 04:15  
Blogger Leonor disse...

Parabéns, Katarina!

2/4/06 08:32  

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Caminhos De Sol (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Sem você a vida pode parecer

Um porto além de mim

Coração sangrando

Caminhos de sol no fim

Nada resta mais o fruto que se tem

É o bastante pra querer

Um minuto além

Do que eu possa andar com você

Te amo e o tempo não varreu isso de mim

Por isso estou partido e forte assim.

O amor fez parte de tudo que nos guiou

Na inocência cega

No risco da palavra

Amor

(Herman Torres – Salgado Maranhão, voz de Zizi)
imagem: Carla d'Almeida Lopes

3 Comentários:

Blogger Alex disse...

TU

Entraste.
A sério, olhaste
a estatura,
o bramido
e simplesmente adivinhaste:
uma criança.
Tomaste,
arrancaste-me o coração
e simplesmente foste com ele jogar
como uma menina com sua bola.
E todas,
como se vissem um milagre,
senhoras e senhorias exclamaram:
- A esse amá-lo?
Se se atira em cima,
derruba a gente!
Ela, com certeza, é domadora!
Por certo, saiu duma jaula!
E eu júbilo
esqueci o julgo.
Louco de alegria
saltava
como em casamento de índio,
tão leve, tão bem me sentia.

Maikovski


Agora, vê se dorme, criatura. A sexta-feira já está a pino em Londres e tu ainda na quinta!

Te beijo

31/3/06 04:27  
Blogger Gláucia disse...

Beijos, beijos, beijos. Agora durmo mesmo que depois disso não vou conseguir fazer mais nada. Muitos beijos. 'Simplesmente adivinhaste: uma criança.'

31/3/06 04:42  
Blogger Tuca disse...

É linda esta música... "O amor faz parte de tudo que nos guiou". Beijos.

1/4/06 10:31  

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quinta-feira, março 30, 2006

Escrever... (Da série Sagrados e Consagrados)



"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."
Clarice Lispector

6 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Amo essa citacao. Amo.

Beijos.

30/3/06 22:11  
Blogger Margarida disse...

Mais um elo...bjs

31/3/06 03:30  
Blogger Gláucia disse...

Eu também adoro isso. Sempre digo que escrever é tangenciar, tentar dizer o indizível. Literatura é trajetória rumo ao inatingível: tradução completa do intraduzível...

31/3/06 04:26  
Blogger Gláucia disse...

Ui, que monte de 'ivel'

31/3/06 04:27  
Blogger Leonor disse...

Muito bonito.

31/3/06 07:58  
Blogger Tuca disse...

Acho que escrever é mais e melhor que falar... Verbalizar o indizível escrito é mais fácil (e mais bonito) do que fazê-lo falado!

1/4/06 11:00  

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quarta-feira, março 29, 2006

Linkadas e pheenas... (Da série 'me segura qu'eu vou dar um troço')


Quase tive uma cousa ontem, quando vi a nova novíssima casinha do Mr. Cafeína. Está ainda mais linda do que já era. Mas eu fiquei emocionada mesmo foi quando vi o link pra cá. Dio Santo, respirei no saco (aprendi com a Tíccia, tanto a expressão quanto o procedimento). A gente é viciada em cafeína desde que nasceu. E ele frequenta esse jardim, que eu sinto que ele está por perto, mesmo quando não comenta. Ele já me tirou de poços fundos e fez curativos em feridas bem feias, com aquele não-sei-quê de paraíso que sua presença tem. Já me embalou pra dormir através do mar. Ele já me cantou músicas lindas. Me levou pra voar sobre Porto Alegre em asas de papelão. E agora, nos levou a todas pra morar um pouquinho com ele nessa linda casinha virtual. Nele eu sei que a gente já morava. Quando a gente se encontrar vai ser mesmo uma grande festa, meu amigo, porque nem poderia ser diferente!!!
***************
A INOMINÁVEL também está de plano novo, vida nova. Foi reduzida a mais ou menos metade do que estava escrito. Mas não é ruim, não. Mantenham a calma. A idéia é torná-la viável. Vai dar tudo certo. É só uma dissertação. Esse é o novo mantra. Por favor, repitam nos seus pensamentos sempre que puderem. É só uma dissertação. Atenção, J.L, é só uma dissertação.
***************
Recém hoje consegui fazer as remessas dos livros da Fal para Portugal. Ufa, pelo menos consegui.
***************
Faltam dois dias para a defesa da dissertação da Katarina, minha amigona, companheira de neuras, blogs e otras cositas más. Na torcida, Katarina, na torcida.
***************
Minha amiga linda, Dani, voltou de viagem segunda-feira de noite e até agora não consegui vê-la. Tô morrendo de saudades, Danica.
****************
Vocês já notaram que só escrevo rapidinhas, ultimamente? É a correria, meu povo, é a correria. Mas é tudo pela INOMINÁVEL. Depois a gente vai comemorar juntos, vale?

imagem: thiago rodrigues

14 Comentários:

Blogger Cé S. disse...

"É só uma dissertação." Perfeito. Acabaste de economizar uma fortuna em analista.

29/3/06 15:44  
Blogger Gláucia disse...

César, criatura, de Deus, estou com planos terríveis que te incluem. E já contei pra meio-mundo e ainda não tive coragem de te contar. Rá. Mas de hoje não passa. Bjs

29/3/06 15:46  
Blogger Gláucia disse...

Ah, e a autoria do novo mantra é do porteño, um amigo meu, não é minha. Ele escreveu dizendo 'escreve logo isso, é só uma dissertação, p*' e desde então, repito pra mim mesma. É bão esse multiculturalismo. Gente como eu consigo dizer tantas besteiras?

29/3/06 15:48  
Blogger Leonor disse...

A mim me perguntaram uma vez se já tinha entregue o papel... Vai correr tudo bem, Gláucia, a sensação de alívio depois da defesa vale tudo isso. Bjs grandes

29/3/06 16:23  
Blogger Tuca disse...

É só uma dissertação... Estou curiosa para saber o que mudou (em ti e na inominável).

29/3/06 16:57  
Anonymous Anônimo disse...

É só ummmmmmmmmmmmmmaaaaaaaa dissertação. E passa?

29/3/06 17:36  
Blogger Gláucia disse...

Tem que passar, tem que passar, porque quero voltar a ir no cinema, dançar tango, correr 4 vezes por semana, etc, e fazer outro. Rá. Acho que depois que conseguir, vou viciar. Vai ser como a corrida, tô até vendo. Tu também estás escrevendo? Gente, sem esse blog nem sei o que seria!!!

Papa,
Eu vou entregar esse papel e me tornar uma mulher livre. Pra escrever outros!!!!!!!! Risos. Talvez eu esteja endoidando.

Tuquinha, mais tarde, no SK?

29/3/06 17:43  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Querida Glau, escribí algo en mi blog que te puede gustar. Un abrazo y que esté todo beim.

29/3/06 19:16  
Anonymous Anônimo disse...

J.L? Coincidência?

29/3/06 20:31  
Blogger Alex disse...

Eu sei que tu sabes, mas mesmo assim vou dizer: não é porque eu não tinha link no Cafeína que eu ia deixar de vir aqui. Muito pelo contrário, eu sempre vinha cheirar minhas margaridas. Só não tinha atualizado os links de relaxado.

O melhor de tudo é que a gente se acompanha por todas as tempestades e naufrágios, pois chega uma hora que o sol tem de raiar. Não tem outro jeito.

Beijos com asas.

30/3/06 14:18  
Anonymous Anônimo disse...

José Carlos??? Que coincidência???
Risos...

30/3/06 19:42  
Blogger Gláucia disse...

Héctor,
já vi e adorei.
Alex,
mi amor, "cheirar minhas margaridas" arrancou suspiros coletivos. O que sobrar das tempestades e naufrágios...o que sobrar...nós mesmos, nossas buscas, nossos Encontros.

31/3/06 04:18  
Blogger Gláucia disse...

É coincidência sim.
J.L, é que o sobrenome do Zé Carlos começa com L.
bjs

31/3/06 04:20  
Anonymous Anônimo disse...

Menina, vê só.
Não é que dá pra ser xará de iniciais?!?!
Beijos

31/3/06 14:19  

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Não vou me adaptar (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
eu não encho mais a casa de alegria
os anos se passaram enquanto eu dormia
e quem eu queria bem me esquecia

será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar

eu não tenho mais a cara que eu tinha
no espelho essa cara já não é minha
é que quando eu me toquei achei tão estranho
a minha barba estava deste tamanho

será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar
(arnaldo antunes/nando reis)

7 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Lindo! Tenho um CD de Arnaldo Antunes que veio desse lado do Atlântico e que eu adoro.

29/3/06 09:10  
Blogger joão marinheiro disse...

Um dia acordamos, olhamos o espelho, estamos velhos....

29/3/06 09:41  
Anonymous Anônimo disse...

oi, flor!
OFF-TOPIC: O Truffado tá em reforma. Quando estiver OK, aviso de novo, tá?
Bjks

29/3/06 10:57  
Blogger Tuca disse...

Apesar da falta de originalidade de meus comentários - "Adoro esta música!".
Estou sempre a me repetir sobre as trilhas sonoras, os escritos, os poemas, as fotos... Mas o quê fazer se nossos gostos são gêmeos??? Beijos.

29/3/06 17:03  
Blogger Lana Moon disse...

Papalagui,
Que máximo, nunca imaginei que gostasses de Arnaldo Antunes. Pareces ter um gosto mais clássico.

Lobo e Melina, pegaram bem a idéia...

Mariza, nossa alquimista, vamos ficar aguardando. Bjs.

Grande Tuquinha. Saudade dos teus truísmos...

29/3/06 19:18  
Anonymous Anônimo disse...

O pior é que é assim que ando me sentindo...

30/3/06 10:08  
Blogger Lana Moon disse...

Letícia,
Tu passaste recentemente por uma experiência muito difícil. Isso também faz a gente se sentir mais velho. Quando comigo, parecia ter envelhecido anos em dias. Fora a deprê terrível que se seguiu. Mas é um 'envelhecimento temporário' minha amiga. Fé na vida e pé na tábua, que logo logo o espelho voltará a mostrar uma face mais luminosa. Aliás, já está mostrando: teu blog reflete.

30/3/06 17:40  

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terça-feira, março 28, 2006

Almiscarados e outras cositas más (Da série Bonequinha de Luxo)


As balonés estão de volta. Acredite, leitor amigo. Repaginadas, evidentemente. Com desenho mais clean, menos armado e tal. Mas estão de volta. E os babados e as roupas bufantes também. Não, eu não vou usar. Depois de Glória K. e do "moda mesmo é ter o seu estilo", adios ombreiras, para sempre...
*****************
As pregas, inclusive nas calças jeans, também vêm com tudo no próximo inverno. Os bordados com pedrarias e contas permanecem.
*****************
Aliás, por falar em moda e afins, entre na campanha contra o almíscar. Vá lá no Animot, clicando no link, e descubra a razão. Aliás, uma boa razão pra optar pelos cítricos e florais (bem mais agradáveis, acrescente-se). Já fui verificar os ingredientes dos meus. Rá. Sem almíscar.
*****************
Estão pensando que eu enlouqueci, não é? Ainda não, embora quase. É que estava a pessoa enfiada na sua dissertação quando descobriu que Palocci tinha caído e sido substituido pelo Guido... E quando começou a ler sobre o escândalo, desmiolou de vez. Aí foi direto ao editorial de moda.
*****************
Agora sou a feliz proprietária de uma fofíssima web cam. Já posso ficar teclando com a porteña e fazendo caretas enquanto discutimos a INOMINÁVEL. Sim, porque a mulé é uma máquina, meu povo. Pegou tudo que eu tinha escrito na noite passada e hoje (segunda, bem entendido, que enquanto não durmo não muda o dia), me apareceu cheia de sugestões para tornar a cousa possível. Em compensação, agora a noite foi mamar e esqueceu da vida.
*****************
O porteño, por sua vez, muito lindo muito tudo, me enviou mais um de seus mails memoráveis (todos são memoráveis - ele nunca manda, alors...quando acontece, arquivo nas Relíquias!). Que os anjos digam amém e que o Lago Ness continue bem longe. Afinal, é só uma dissertação. Já colei vários post-its pra me lembrar disso. É só uma dissertação...É só uma dissertação...É só uma dissertação...
*****************
Mas o que é isso, minha nossa senhora das mestrandas desesperadas? Agora que eu vi. Ninguém mais comenta nesse blog? Achei tão linda e tão clássica a postagem aí abaixo e vocês não abrem as boquinhas??? Assim a gente vai achar que não tá agradando. A Fal já não ensinou que blogueiro confunde comentários com boletim? Então? Nenhum comentários é zero. Comenta aí, vaí!!!!!!
Imagem: Euzinha, em sonho

8 Comentários:

Blogger Cé S. disse...

Com esta campanha as coisas tendem a cheirar melhor...

28/3/06 07:18  
Blogger Gláucia disse...

César, tava aqui pensando. Acho que a tua natureza é de Enciclopedista. Vou me explicar, vou me explicar. Bjs

28/3/06 11:24  
Blogger Leonor disse...

Aqui estou eu comentando! e essa nossa sra. das mestrandas deseperadas teria dado muito jeito há uns anos atrás ;-)

28/3/06 19:34  
Blogger Cé S. disse...

Bom, eu sou um wikipedista.

28/3/06 20:44  
Blogger Gláucia disse...

Papalagui,
Ela há de velar por mim agora, como cuidou de ti tempos atrás.
Beijos,

César,
Claro, evidente! Como é que eu não havia associado. Aliás, será que foi daí que tirei?

29/3/06 02:20  
Blogger isabel alix disse...

Mas, mas... eu gosto de almíscar!!!

E sobre não comentar, é que eu tô em férias, férias até de mim mesma, capicci? ;)

Então, pra me redimir: tem petit gâteau pra vender no Zaffari, da marca Petit Délices. Mas só nas filiais Bourbon e Higienópolis. Curiosamente, a delícia proibida fica no mesmo freezer dos congelados Substância.

Compre o seu, aqueça no microondas (fica mais molhadinho, hmmm!) e coma com sorvete de creme KIBON, não o outro. Não, o outro não! (o outro = nestlé, eu acho).

E take a breathe dessa vida loca de mestranda, afff!

Beijo com carinho

29/3/06 11:46  
Blogger Gláucia disse...

Belly, Belly, Belly, pense nos pobres animais presos por 15 anos...tem muiiito cheiro bom por aí. Aproveita a faxina e repagina, repagina. E sei das férias, rá, limpar tudo, consertar, etc. Sei, sei. E tu nem sabes quem diz a mesma coisa que tu sobre os sorvetes: Mr. Contoasfavas. Sim, sim. Ele sempre diz isso. Sorvete é kibon, e tem que ser de creme (justificativa racional: todos os sorvetes são de creme, com algo acrescentado pra mascarar a cor e o sabor).

29/3/06 17:34  
Blogger Gláucia disse...

Ah, e beijos, beijos carinhosos daqui também. Adorei a visita.

29/3/06 17:35  

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domingo, março 26, 2006

Pela luz dos olhos teus (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
(Vinicius de Moraes)

4 Comentários:

Blogger Tuca disse...

A-DO-RO ESTA MÚSICA!!!!!!!!
Beijos, Margarida...

28/3/06 08:28  
Blogger Tuca disse...

Gurias, desde sábado não entrava no blog... Fiquei o fim-de-semana inteiro sobre o meu trabalho. Apresentei ontem à tarde. Beijo.

28/3/06 08:32  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Si la luz de nuestras miradas brillaran siempre, seriamos todos felices y la vida sería un bella música. Grande Vinicius de moraes. Un abrazo Glau.

28/3/06 11:09  
Blogger Margarida disse...

Eu, hein?
Como assim não entrava no Blog? Sem condições. Se nem as donas da casa aparecem, o Palocci tem que cair mesmo...
Abilolô minha filha?

Héctor,
Sempre tuas belas palavras. Vc deveria escrever poesias. Besos

28/3/06 13:28  

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British Airways (Da série Protestos e Manifestos)


Recebido por mail. Achei tudo. Aplausos ao Senhor Comandante ou ao Senhor Inventor.

"Si non è vero, è bene trovato

Caso real da British Airways

A seguinte cena aconteceu em um vôo da British Airways entre Johannesburgo (África do Sul) e Londres.

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo. - "Qual o problema, senhora"?, perguntou a comissária. - "Não está vendo?-respondeu a senhora - "vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira". - "Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - "infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou confirmar se temos algum disponível". A comissária se afasta e volta alguns minutos depois. - "Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe". E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua: - "Veja, é incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável". E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu: - "Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe..."
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (Martin Luther King)"

imagem: José Silva Pinto

4 Comentários:

Blogger Tuca disse...

Muito bom! Muito bem feito! Cumprimentos ao Comandante.

26/3/06 07:52  
Blogger Cé S. disse...

A história é legal, mas é lenda urbana. Já a ouvi anos atrás.

28/3/06 07:20  
Blogger Gláucia disse...

Ah, que pena, eu toda animadinha!!!!!!

28/3/06 11:27  
Blogger Margarida disse...

Eu achando o máximo. Aí, César, nem só da verdade o homem viverá, mas de toda a palavra que puder animar o seu espírito...
Beijos pra ti!!!!!

28/3/06 13:30  

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sábado, março 25, 2006

O Céu sobre Porto Alegre (Da série Informes do Tempo)


Hoje um céu assim sobre mim,
a fazer sentir cheiro de alecrim.
Abraço-me. Olhos fechados,
finjo que são vossos braços;
que o tempo mos devolveu.
A barca faz sua travessia...
Entre lama e olhos molhados,
brinco e forjo uma alegria
antiga, perdida em velhos bordados.
Dos panos da criança regressa
inteira a velha cantiga.
Lembrança que me destroça
e que é pedra, é falta e pranto
.
É perda o que se instala lá onde
queria o calor do vosso manto.


imagem: foto minha: céu de Porto Alegre, em 24/03/2006.

3 Comentários:

Blogger Leonor disse...

O poema é lindo e que céu bonito esse de Porto Alegre... aqui está cinzento :(

25/3/06 07:45  
Blogger Tuca disse...

Poema, muito bonito, Glau. E a foto... lindíssima. Recém hoje surge o sol por aqui, ainda tímido, por detrás de algumas nuvens, depois de quatro dias cinzas.

26/3/06 07:45  
Blogger Gláucia disse...

Poucas pessoas o entenderiam tão bem quanto vocês duas. Beijos,

28/3/06 13:49  

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sexta-feira, março 24, 2006

Uma cousa sem nome (Da série "Um dia de fúria")


Hoje não começou bem. Nada bem. Minha filha acordou três vezes durante a noite. Três. Estava trabalhando em duas delas. Tudo bem. Eu deixei de almoçar com minha amiga porteña, porque ia almoçar com um fulano aí. Mas o fulano, que sequer telefona pra marcar, manda a secretária, conseguiu esquecer de avisar que ia num lugar onde se come carne e banha. Evidentemente não como carne e banha. Só que o fulano não pode declinar da carne e banha... Aí eu fiquei sem almoço, sem minha porteña, a ver navios... É, senhoras e senhores, vos dou meu testemunho, porque essa eu vivi...E aproveitem a lição: não marquem nada com pessoas que não telefonam pessoalmente. Um mal-entendido desses pode custar barriga roncando e muita frustração de expectativa.
**************************
Ainda não consegui voltar ao Ocidente...
**************************
Ontem a INOMINÁVEL andou um pouco graças ao César, que essa criatura é de ouro e vale muiiiito, mas muiiiito mais do que pesa. Mas eu vou dizer uma coisa pra vocês: tem horas que dá vontade de mandar tudo praquele lugar. Ah, tem!!!!!!!!
**************************
Eu não podia ser um poço de calma, né? Nasci praticamente junto com Roberta Arabiane. Como é que a pessoa ia ser tranquila? Não ia. Pronto. E mais: a Tíccia, minha homeopatia diária, só tô vendo uma vez por semana...Dá nisso, dá nisso.
**************************
Ainda bem que tem o Nome da Cousa aqui do meu lado, viu? Ainda bem. Que isso é um consolo pra pessoa.
***************************
Por Yôda, vale a pena?

5 Comentários:

Blogger Tuca disse...

Credo! Que urucubaca! Barriga roncando é para matar!!!!!!!!
Hoje à noite nos falamos...
Beijo.

24/3/06 17:11  
Blogger Tuca disse...

Que bicho feio, hein?!

24/3/06 17:39  
Blogger Gláucia disse...

Olha o desrespeito com Yôda, criatura!!!! A pessoa aqui se matando pra conseguir sua conversão Jedi e a outra chamando o grande mestre de 'bicho feio'.

24/3/06 19:55  
Anonymous Anônimo disse...

Pois eu acho ele uma graça. Eu demorei para entender o comentário da Tuca.

Espero que esteja tudo melhor...

Beijo.

25/3/06 12:08  
Blogger Gláucia disse...

Ok, Niña. Agora tudo sob controle. Na verdade desde ontem. Só de escrever a gente já dá uma melhorada, né?

25/3/06 20:48  

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Lembrança (Da série Sagrados e Consagrados)


Só ela compreendia o som
dos meus silêncios. Temia
às vezes que o tempo hostil
fugisse enquanto conversávamos.
Depois disso esvaiu-se-me a memória
e me vejo agora a falar
dela contigo, entre espirais de fumo
que anuviam a nossa comoção.
Esta é a parte de mim que encontro
mudada: o sentimento, em si, informe,
neste agora que é apenas saudade.

Montale
(trad. Ivo Barroso)
imagem: Chagal

3 Comentários:

Blogger Lana Moon disse...

Ah, moça, não sabes o quanto fico feliz com esse teu comentário. Apesar de ter só unido o belo ao belo, conhecendo o que vc faz, o bonito que vem daí tem peso.

24/3/06 12:12  
Blogger Tuca disse...

Que poema!!!!!!!!!!! Adorei, Miranda.

24/3/06 17:39  
Anonymous Anônimo disse...

isso: lindo!

29/3/06 13:57  

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quinta-feira, março 23, 2006

As Andorinhas (Da série Inéditos e Dispersos)

Andorinhas que me voltam ao mesmo lugar.
Ondas que o vento desenha no rio.
Pelo corpo passeia um arrepio,
que não sei é febre,
que não sei se é alegre,
que não sei se é frio,
do que não sei ser mais.
Voltar em mim ao adeus
e às andorinhas: sabem ser sozinhas,
sabem-se; sem os olhos teus.

imagem:Paula Alexandra Oliveira

7 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Muito bonito!

23/3/06 16:25  
Blogger Gláucia disse...

Obrigada, Papalagui.
Fico toda envaidecida. Especialmente por ter vindo daí...

23/3/06 18:59  
Blogger Blogdoumbertinho,blogspot disse...

andorinha de asa negra onde vais?
que andas a voar tão alta
leva-me ao céu contigo,vá.........
(madredeus)

23/3/06 21:13  
Anonymous Anônimo disse...

As andorinhas, que sempre me encantaram... O seu regresso, em cada ano, ao mesmo lugar é uma daquelas coisas em que me habituei a acreditar e a ansiar. Elas sabem ser sozinhas, sabem-se e eu não me canso de querer aprender com elas, sobretudo porque sabem que, no regresso, a casa-mãe estará sempre ali, como os amigos-família também.
Gostei tanto deste teu post, tão simples, belo e sensível. Mil beijos transportados pelas belas andorinhas.

23/3/06 21:32  
Blogger Blogdoumbertinho,blogspot disse...

finalmente publiquei coisas novas!
ta uma bagaceríce só !
fases!

23/3/06 23:22  
Blogger Gláucia disse...

Cris,
A-M-O Madredeus, sabia? Estamos nos devendo aquele almoço no Machry. Essa semana foi corrida e não deu. Mas da próxima não passamos!!!
Vou lá ver o novo post depois.

Elis,
que saudades da tua sensibilidade. Tenho feito visitas mais escassas devido as circunstâncias. Mas sinto falta...Bjs

24/3/06 05:49  
Blogger Tuca disse...

Lindo, Glaucinha! Beijos e saudades.

24/3/06 16:55  

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quarta-feira, março 22, 2006

De Eduardo para Margarida (Da série Cartas Reenviadas)

(...)como amo os dias de chuvas torrenciais em Porto Alegre! quem me dera estar aí, em um domingo claro, mas de céu atordoado, muitos trovões, conflito celeste, despido de todos compromissos, e poder ficar em uma varanda, coberta e aquecida, de frente a um verde, tomando chimarrão ou chá, um bom livro e o dia inteiro e infinito. (...)

(Não querendo parecer exibida, que a diva que mora em mim é Deneuve e tal e cousa, mas eu tenho uns amigos que escrevem muiiiiiiito, né?)

4 Comentários:

Blogger Tuca disse...

Coincidência ou não, hoje foi um dia de de "conflito celeste" em Lisboa. Com direito a chuva, ventos e trovões. Tormenta em plena primavera!
Adorei o texto! Beijos, Eduardo. Beijos, Glau. Hoje tomo meu chimarrão pensando em vocês.

23/3/06 13:50  
Blogger Tuca disse...

Ah, beijos, Marga, Harriet e Miranda...
(Antes que vocês reclamem!!!)

23/3/06 13:51  
Anonymous Anônimo disse...

Eduardo e Margarida,
O texto é muito bonito.
Saudades de Porto Alegre.
Saudades dos dias em Porto Alegre.
Saudades dos dias de chuva em Porto Alegre.
Lindo o blog.
Um abraço para vocês.

23/3/06 14:12  
Blogger Gláucia disse...

E choveu aqui também...os deuses conspiram. Também vou tomar chá pensando em vocês.

23/3/06 19:02  

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Mariposa Tecknicolor (Da Série Canções do Exílio)


Todas las mañanas que viví
Todas las calles donde me escondí
El encantamiento de un amor
El sacrificio de mis madres
Los zapatos de charol...

Los domingos en el club
Salvo que Cristo sigue allí en la cruz
Las columnas de la catedral
Y la tribuna grita gol el lunes por la capital

Todos giran y giran...
Todos bajo el sol
Se proyecta la vida
Mariposa tecknicolor

Cada vez que me miras
Cada sensación
Se proyecta la vida
Mariposa tecknicolor

Vi sus caras de resignación
Los vi felices llenos de dolor
Ellas cocinaban el arroz
Él levantaba sus principios de sutil emperador

Todo al fin se sucedió
Solo que el tiempo no los esperó
La melancolía de morir en este mundo
Y de vivir sin una estúpida razón

Todos giran y giran...
Todos bajo el sol
Se proyecta la vida
Mariposa tecknicolor

Cada vez que me miras
Cada sensación
Se proyecta la vida
Mariposa tecknicolor

Yo te conozco de antes
Desde antes del ayer...
Yo te conozco de antes
Cuando me fui, no me alejé

Llevo la voz cantante
Llevo la luz del tren
Llevo un destino errante
Llevo tus marcas en mi piel

Y hoy solo te vuelvo a ver...

(Fito Paez)
Imagem: "La Mariposa en el muro"

6 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

A minha música do ano retrasado!!!!!!Djo amo essa música.

22/3/06 10:27  
Anonymous Anônimo disse...

Tuca,

Será que a gente ouvia essa música na mesma época em Porto Alegre??? Espero que sim... Seria muito legal!

Um beijo!
Niña

22/3/06 10:35  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Una gran canción de Fito Paez, esa belleza fragil y luminosa de las mariposas que la puedes mirar y admirar, pero si la tocas se va. Un beso Glau.

22/3/06 14:37  
Blogger Tuca disse...

Glau, sabes o quanto também adoro esta música.
Niña, esta música não marcou somente uma época da minha vida, mas uma era...
Héctor, adoro Fito Paez.
Beijos.

22/3/06 17:28  
Blogger Gláucia disse...

Niña,
Acho que é a mesma época, porque se não me engano, tu e a a Tuca são quase do mesmo ano.

Héctor,
que belo teu comentário, como sempre (pero si la tocas se va...)
Besos.

Tuquinha,
lembra p q foi minha música do ano retrasado? Saudades de ti!!!!!!!

22/3/06 20:21  
Blogger Tuca disse...

Sim, eu lembro...
Apenas não referi para não parecer tão convencida. Devido a este meu estilo discreto e elegante de ser, tipo Catherine Deneuve.
Beijos.

23/3/06 13:38  

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terça-feira, março 21, 2006

Apenas Marilyn... (Da série 'me segura qu'eu vou dar um troço')


Eu indo ao Trufado, pegar uma receitinha, dica da glau, me deparo com o link para um teste, delas, para descobrir qual diva mora em você. E, adivinhem...
Marilyn Monroe, descrito o seguinte perfil...
"Sua força nasce de um ‘não-sei-o-quê’ de menina que você tem. Mistura de fragilidade e de força, para as mulheres você é um mito, para os homens você é uma criança indefesa...e irresistível! Suas armas? Saber usar todos os recursos a seu favor, afinal, não existem mulheres feias, existem as que não dão a mínima, as mal-cuidadas e as que não sabem valorizar sua beleza...não é mesmo o seu caso!"
Completamente egão discontrol, acho que vou até dar uma voltinha por aí...
Descubram lá a diva que mora em vocês. E depois venham aqui contar...

5 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

Eu fui lá e fiz o teste. E também deu Marilyn. Alors...Isso deve explicar muita coisa...Que, num ataque 100% Marilyn, não estou entendendo agora...

22/3/06 01:47  
Blogger Tuca disse...

Gurias, fiz o teste... E o resultado foi: Catherine Deneuve.
"Você sabe que elegância vem de berço, adjetivos que não faltam a você. Segura de si e consciente do impacto que provoca nos outros, não gosta de dar muito que falar. Seus recursos? Elegância nos mínimos detalhes, que se reflete no jeito de vestir, de andar, de falar e, até, na maneira discreta de amar. Uma lady!"
Te mete!!!

22/3/06 07:10  
Blogger Margarida disse...

Arrasou Porto Alegre em chamas, como diria Soli. Ou melhor, arrasou Lisboa em chamas. A gente deu de chinela nessas duas. Muiiiiiiiiito mais crasse.

22/3/06 10:20  
Anonymous Anônimo disse...

Uai, se Tuca não tivesse dado Catherine Deneuve eu ia desconficar que só tinha Marilyn.
Porque o meu deu Marilyn também.
Sei lá. Eu não me acho nada Marilyn, estou mais para qualquer uma da Familia Adms. Monstruosa de dar medo.
Beijo meninas.

22/3/06 14:22  
Blogger Leonor disse...

O meu teste também deu Marilyn... a sorte é que lea era loura falsa ;-)

22/3/06 15:17  

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segunda-feira, março 20, 2006

Peixes (Da série Hai-Kais Astro-Lógicos)


IA POSTAR ONTEM.
MAS, POR RAZÕES ÓBVIAS, NÃO O FIZ.
JÁ DEVEM TER ACABADO

TODOS OS INFERNOS ASTRAIS PISCIANOS.
LÁ VÃO AS HOMENAGENS...



Piscianas
há mares profundos

amores apaixonantes

mundos distantes

(nar scissors)

Piscianos
como mar profundo,
desatino: amor-peixes
amor pelo mundo
(gláucia)

18 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Ai, os piscianos, que gente complicada !!!!

21/3/06 07:44  
Anonymous Anônimo disse...

Ahhh...vou discordar de vc Papalagui.
Cristiano, meu namorado, é pisciano e não é complicado.
Já não poderia dizer o mesmo das escorpianas. Aí sim, complicou geral.
Aliás, acho que a gente se dá bem muito porque ele é pisciano.
Que coisa esse zodíaco não??!
Beijos a todas

21/3/06 08:54  
Blogger Leonor disse...

Estava a brincar, afinal somos todos complicados, uns mais do que outros. Eu sou de Gémeos :))

21/3/06 10:35  
Blogger Gláucia disse...

Papa e J.L,
Pelo que vi até agora, é como diz a Papalagui: todos somos complicados. Cada signo tem suas sabedorias e seus problemas.
Recentemente descobri que peixes é aprendizado de sagitário...

21/3/06 13:52  
Anonymous Anônimo disse...

Eu sei que estava brincando. E você tem toda razão, somos todos complicados. Mas ao mesmo tempo tão simples...não acha???
Eu acho tudo simples. Poucas coisas complicam minha vida.
Como posso parecer tão complicada para os outros???
Conclui-se que eu sou simples e as pessoas complicadas? Ou eu sou a complicada???
ahhahahahahahahah
Tô brincando.
Beijo meninas

21/3/06 14:12  
Blogger Gláucia disse...

J.L.
Eu já morro de rir contigo nos comentários. Imagina o que não faremos juntas, ao vivo.
Aliás, esse encontro poderia ser marcado, não achas. Eu sei que só vamos falar de dissertação e bancas. Mas, enfim... até a defesa será isso. Além do mais, é bom trocar umas idéias pra se acalmar.

21/3/06 14:17  
Blogger Leonor disse...

Eu também me acho muito pouco complicada ;-)
Gláucia, ontem enviei finalmente um mail. Recebeste?
Bjs

21/3/06 16:29  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Piscis, vida feliz en el agua fresca y cristalina. Saludos, Bom-bon.

21/3/06 16:31  
Blogger Gláucia disse...

Papa,
Já estou indo lá ver o mail.

Héctor,
Saludos.

21/3/06 20:48  
Anonymous Anônimo disse...

Gláucia!!! Fala muito do sério comigo. Jura??? Aiiiii Meu sonho.
Vou te contar uma (já vai um comentário gigante).
Eu tenho uma mania de falar assim: "meu sonho é..." e um dia eu estava caminhando com minha mãe e falei assim: "Mãe, meu sonho é uma coca-cola" Aí ela olha pra mim, com uma cara de absoluta satisfação e respondeu: "uma coca-cola??? Jura??? Nossa...vamos realizar esse sonho agora". Eu tenho a impressão que minha mãe pensou assim: "Nossa, como as pessoas têm sonhos complicados de realizar. A pobre coitada da minha filha só sonha em tomar um refrigerante. E eu posso realizar esse sonho pra ela. Vou pagar uma coca". Eu acho, porque a cara de satisfação vc não tem idéia.
E disso nasceu uma brincadeira de sonhos possíveis de realizar. É tão legal, do tipo eu realizo um sonho por dia. E minha vida tem sido uma realização de sonhos.
Eu sonho em comer pizza. E como. Realizei. Eu sonho em tomar suco de caju. E tomo. Realizei. Assim, o sonho da casa própria também será um dia realizado. Da mesma forma como janto pizza quando quero.
Então, essa foi só a introdução pra te dizer que MEU SONHO É ESSE ENCONTRO.
Por favor, vamos realizar!!!
Mas será que esse post fez você pensar que eu sou complicada???
hahahahhahahhah
Beijo grande!

22/3/06 00:19  
Blogger Margarida disse...

Eu tô rolando de rir. Não perco esse encontro por nada.

22/3/06 00:31  
Blogger Gláucia disse...

E quem disse que nós vamos te convidar, Marga?
Nós vamos é comer muita pizza uma noite dessas, né, J.L? E REALIZAR.
Falando sobre o mestrado, as últimas dissertações, tudo.
Eu vou arranjar teu telefone com o rapaz bonito, aquele, e dar uma agilizada nisso amanhã mesmo. A gente pode até levar o que já escreveu pra outra ler. Que tal?

22/3/06 01:42  
Anonymous Anônimo disse...

Agiliza logo esse telefone e me liga...pelamordedeus.
Vamos levar o que temos escrito, vamos falar um pouco sobre elas, e vamos rachar os bico.
Essa é boa também, né não!?!?
Rachar os bico, significa no vocabulário póprio morrer de rir.
Beijo, estou aguardando.
Ahhhhhhhh, vamos chamar a Margarida também...por favor...Eu quero conhecer é o jardim todo!!!!!
Beijos florzinhas!!!

22/3/06 08:55  
Anonymous Anônimo disse...

Só eu que fico a ver navios.
Que saco que é morar longe.

Também quero realizar o sonho de conhecer o Jardim.

Beijos,
Niña

22/3/06 11:21  
Blogger Gláucia disse...

Niña, querida,
tu sabes que o que nós mais gostaríamos é que estivesses aqui. Quando estiveres, certamente nos divertiremos muito. Tem um dos roteiros que até já sei...

J.L.
O hômi perdeu o celular... Me manda teu número pro mail do MI. Bjs

22/3/06 12:52  
Anonymous Anônimo disse...

Glaucia, vou mandar.
De toda forma o meu email é valejuliana@hotmail.com, pode me mandar email também e eu tenho o msn, estou sempre on-line, que seria uma forma de falarmos, ainda que rapidinho.
Beijos

22/3/06 13:22  
Blogger Lo disse...

Eu ia entrar aqui só pra dizer que adorei o post sobre piscianos, por razões óbvias, mas aí vi tudo isso, e o que eu ia dizer ficou pequenininho, então vou um pouco mais longe, para deixar meu coment menos pequenininho, e dizer que a história do REALIZAR valeu meu sábado. Realizar pequenas coisinhas, que no todo ficarão grandes: fé em coisas meio sutis, meio ingênuas, meio fantasiosas, meio brincalhonas, acreditar em coisas com muitos 'meios', muitas metades, quando na prática só poderiam existir duas, é muito pisciano.
bj

25/3/06 11:53  
Blogger Gláucia disse...

Lô,
REALIZEI, que eu tava já sonhando com um comentário teu. Bjs

25/3/06 23:23  

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Berlim-Bonfim (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Já vejo casas ocupadas
As portas desenhadas
No vergonhoso muro da Mauá
Os velhos nos cafés
O bar João em plena Keithstrasse
A saga violeta desse parque
O cinza da cidade
Partido Verde ao meio
Cheiros peculiares ao recheio
De um bolo de concreto
Repleto de chucrute e rock'n roll
E depois da meia-noite
A fauna ensandecida do Ocidente
Digitando em frente ao Metropol
Berlim, Bom Fim
(nei lisboa-hique gomez)
imagem: convite de aniversário do Bar Ocidente/2005 (mesmo dia da gláucia)

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Sempre adorei essa canção...

Beijos!

keiko

21/3/06 00:35  
Blogger Gláucia disse...

Eu também. Amo.

21/3/06 00:38  
Anonymous Anônimo disse...

Glau, essa é a música minha e do Xandi. Eu em Berlin, ele no Bomfim, por mais de uma ano, amor distante, algumas vezes discrente, mas persistente. Hoje o Gabi tá aí, e o pior, gerado em Triana, mi gitanito.
Beijos múltiplos, P.
p.s: tenho que te contar a minha 'renúncia' ao JF...

21/3/06 01:26  
Blogger Gláucia disse...

Paula,
quero saber sobre essa 'renúncia'.

Essa música é o que há, como diz a Keiko. Grande trilha sonora para um grande amor.
Bjs

21/3/06 13:57  

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domingo, março 19, 2006

Adeus ao Fonso (Da série Infomes do Tempo)

Chove torrencialmente em Porto Alegre. E eu recebo a notícia de que o Fonso, meu amigo do Ocidente, morreu ontem. Ele era arisco e as vezes estava com humor de cão. Era difícil de conquistar. Mas se permitia. Se deixava levar pelo afeto. Eu buscava o sorriso dele com uma insistência chata. O adorava. As vezes ele torcia a cara e eu já sabia que não devia ficar na volta. Não ia adiantar. Depois de oito anos nos vendo quase todos os dias, depois de termos aprendido a nos conhecer, já nos gostávamos. Ele sabia que eu não podia ir embora sem tchau, abano, despedida; sem dizer tô indo, que, tacitamente, era a gente se vê amanhã. Mas ontem o amanhã não veio. Não virá mais. Eu vou sentir falta, Fonso. Eu vou sentir muita falta de ti. Não sei quando vou conseguir almoçar no Ocidente de novo. Não sei se vou conseguir. Mas uma coisa eu sei: queria ter te dado um último tchau, um último abano. Porto Alegre se despede de ti chovendo. Eu, chorando.
(O Fonso era o gerente do Bar Ocidente, onde eu almocei quase todos os dias dos últimos oito anos da minha vida. )
imagem: Antônio

11 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Que coisa...
Leonardo

19/3/06 19:18  
Blogger Leonor disse...

Um beijo grande, Gláucia. Infelizmente nunca estamos preparados para as perdas.

19/3/06 20:11  
Blogger Tuca disse...

Também fiquei triste com a notícia... Um abraço apertado, Glau.

19/3/06 21:30  
Blogger Blogdoumbertinho,blogspot disse...

poxa!
como ele se foi?

podemos almoçar um dia no macri conheces?!
trabalho no cristal, numa escola especial.
to fazendo um blog sobre o trabalho como os alunos chama educata.terrablog.com.br, ta no inicio ainda, ja to com novas coisas para o maezinha querida mas não postei ainda ,te visito todos os dias e fico mais perto de mim.

chau querida

19/3/06 22:04  
Blogger Rogério B. Alves disse...

Dizem que o que é Bom chega ao Fim.
Ontem algo de Bom do bairro
passou a viver na memória
pois chegou ao Fim.

20/3/06 00:33  
Blogger Dama Errante disse...

Olá, Gláucia...

É sempre triste perder um amigo, às vezes até incompreensível... Mas é tempo é mágico e sempre nos traz o consolo e nos acalenta a alma, trazendo-nos à memória os momentos bons da amizade!

Bela homenagem!!!
Beijo e fica bem

20/3/06 11:31  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Glau, me golpeaste con la tristeza de perder un ser tan sercano, sin palabras..... Solo un abrazo y Dios te consuele.

20/3/06 14:48  
Blogger Joelma Terto disse...

Que post lindo...

20/3/06 20:36  
Anonymous Anônimo disse...

Fica bem. Obrigada pela tua sensibilidade, que nos comove, mesmo nem sabendo de quem se trata.
Um beijo

20/3/06 21:33  
Anonymous Anônimo disse...

Espero que estejas bem.
Beijo,
Niña

20/3/06 22:34  
Blogger Gláucia disse...

Pessoal,
muito obrigada pelo carinho e pelas palavras de todos vocês.
Beijos,

21/3/06 00:37  

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O Pastor (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Ai que ninguém volta

ao que já deixou

ninguém larga a grande roda

ninguém sabe onde é que andou



Ai que ninguém lembra

nem o que sonhou

(e)aquele menino canta

a cantiga do pastor



Ao largo

ainda arde

a barca

da fantasia

e o meu sonho acaba tarde

deixa a alma de vigia



Ao largo

ainda arde

a barca

da fantasia

e o meu sonho acaba tarde

acordar é que eu não queria

(pedro ayres magalhães - Madredeus)
imagem: Ilha Grande - José Garrancho

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

"Ai que ninguém volta ao que já deixou...". É isso, por muito que, por vezes, custe lembrar tal, que devemos reter sempre. Queridos "Madredeus"! Quanto encanto, único, contido nas suas música e poesia que transborda para o mundo!

19/3/06 07:22  
Blogger Tuca disse...

Esta música é divina. Trilha sonora maravilhosa. Beijo.

19/3/06 09:39  

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sábado, março 18, 2006

Blue (Da série O Tempo Redescoberto)

Não estou nostálgica. Eu sou nostálgica. Mas a recuperação de algumas memórias me devolveu um sabor agridoce do tempo em que o amor era vivido sem que se soubésse amor, em que a esperança era cultivada sem ser nomeada, em que a vida se abria em possibilidades, em que flores improváveis coloriam desertos...
**************************
Meu primo acaba de me chamar de alucinada alucinógena. Ai, eu adorei. Como adorei. Me trouxe um pedacinho da moça que muitas vezes procuro no espelho e não encontro mais.
**************************
Mr. Leonard virou Yôda hoje. Vamos tentar seguir o Mestre...
**************************
Para seres feitos de fogo e ar, nada mais difícil do que não amar.
*************************
Jan, coisa mais querida, foi lá no Megeras e disse "e teve o post lindo do Margarida Inventada". Ai Jan, nem sabes que feliz fiquei. Um beijo pra ti.
*************************
"Te amo mais que possas e tenhas podido algum dia imaginar". Alguém tem uma sugestão melhor para iniciar o final de semana?

5 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

E tao bom fazer alguem que a gente gosta feliz... Que bom, que bom!!! Ganhei meu dia! Beijos, linda.

18/3/06 12:24  
Blogger Gláucia disse...

Sua danada!!!!!
Nunca vou cansar de me surpreender contigo.
Bjs

18/3/06 16:03  
Anonymous Anônimo disse...

Que bom!!!!!!!!!!!!!!!:):):)

Bjs!

18/3/06 16:51  
Anonymous Anônimo disse...

Betty Blue...
Quanta coisa boa de ler... gosto disso aqui!
Beijos,

20/3/06 17:16  
Blogger Gláucia disse...

Que bom que gostas, melina. Adoro teu blog também

20/3/06 17:39  

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sexta-feira, março 17, 2006

Os Ombros Suportam o Mundo (Da série Sagrados e Consagrados)



Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.



Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.



Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teus ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo,

prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

(carlos drummond de andrade)
imagem: michal wojciechowski

9 Comentários:

Blogger joão marinheiro disse...

Gosto deste teu blog, talvez porque tambem goste de inventar flores. Gosto da poesia do Carlos, do seu olhar profundo, conhecedor dos meandros da mente. Gosto e pronto!
Estás nos meus favoritos a visitar com calma, degustando o sabor de cada palavra em noite de serão...
Abraço em mar, o meu mar...

17/3/06 10:11  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Muy bien, limpiar el alma para empezar de nuevo. El peso sobre el hombre se aligera con la fuerza del corazón. Un beso Graúcia.

Te pondré en mis Link.

17/3/06 10:45  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Muy bien, limpiar el alma para empezar de nuevo. El peso sobre el hombre se aligera con la fuerza del corazón. Un beso Graúcia.

Te pondré en mis Link.

17/3/06 10:46  
Anonymous Anônimo disse...

Sempre me identifiquei com esse poema, desde que comecei a gostar de poesia. Traduz muito bem certos momentos da vida da gente, não é?

Beijos,
Niña

PS. Hoje finalmente vou postar as manias.

17/3/06 11:48  
Blogger Leonor disse...

Que poema lindo!

17/3/06 20:43  
Blogger Tuca disse...

Ah, eu amo este poema!!!!!!!!!!

17/3/06 21:16  
Blogger Gláucia disse...

Caro Lobo do Mar,
Fico feliz em saber que o Margarida é um blogs que gostas de visitar com calma. Especialmente depois de ter ido passear pelas memórias virtuais.
Sinta-se em casa nos jardins...inclusive para inventar flores, lançá-las pelo mar...

Héctor, querido,
Ainda não consegui fazer o link aqui. Mas o farei assim que o blog voltar ao normal. É uma espécie de fio a nos unir. Ah, e não conheço mais ninguém que postaria aquela cena. Naquele dia. Besos.

Niña,
Então é mais uma coisa que temos em comum. Tô hiper curiosa, indo pra lá já já dar risada e descobrir ainda mais coisas que devemos ter em comum.

Papalagui,
Foi esse o poema a que me referi aquele dia, em relação à parte do texto 'Se o Amor Acabou' que mais gostaste. Eu também sou apaixonada por ele. E esse é o meu poeta de cabeceira. Desde os 14 anos...

Tuquinha,
tu não vais aparecer no MSN?
Tenho trabalhado pela tarde e fico esperando...não entras nunca. Estou com muitas saudades.

18/3/06 01:52  
Anonymous Anônimo disse...

Que saudade, Glau! Venho vindo, mesmo passando despercebida nas minhas visitas e vejo e leio e encanto-me sempre, mesmo se não deixo registado este encantamento. A minha alma sai sempre daqui mais cheia. Hoje foram as palavras do C. Drummond de Andrade que tiveram o papel principal. Obrigada!
Muitos beijos.
E.

19/3/06 07:30  
Blogger Gláucia disse...

Elis,
que bom que digas de novo. Fico feliz que venhas, ainda que em silêncio. Mas fico muito mais feliz se teu impulso à fala é maior do que a necessidade de enroscar-se em si mesma. Bjs

19/3/06 17:59  

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quinta-feira, março 16, 2006

Tíccia (Da série Parabéns a Você)


Eu nunca vou esquecer do dia em que a conheci; do modo como tudo aconteceu; do impulso e da coragem repentina que me moveram a levantar o fone do gancho e convidá-la a um café. Queria mostrar o que andava escrevendo. E morria de medo de fazê-lo. Diante dela me apresentei com aquela insegurança taquicardíaca que os ídolos provocam. Queria que ela me dissesse se o que vinha alinhavando era poesia ou surto. Ela percebeu o surto de cara; a poesia possível também. Mas eu só soube que ela tinha gostado do que havia lido mais tarde, no Megeras. De mim ela gostara; percebi no jeito. E aconteceu a primeira de uma sequência de magias: nos olhos dela eu vi um carinho que tenho dificuldade de reconhecer em outros. Passamos a tomar "porres de café expresso". Porres confessionais, literários, permeados por uma necessidade de respirar profundidades, que mesmo que as palavras não alcancem, não podemos cessar de buscar. Eu, véspera de naufrágio. Quando comecei a bater braços e pernas desesperadamente, na certeza de que me afogaria, ela me estendeu a mão, me trazendo à tona. De lá pra cá foram muitos porres de café expresso, uma mão que nunca cessa de estar estendida, um amor que alcança minha filha...
Ela é uma das mulheres mais corajosas que já conheci. Uma das minhas poetas preferidas. E, sobretudo, uma grande amiga. Tí, te amo. Feliz Aniversário.

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Fernando Miranda (Da série Parabéns a Você)


Para meu querido amigo que nunca se conformou em não ter asas
e aprendeu a voar, um feliz aniversário carinhoso.

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Desesperada Utopia (Da série Bilhetes e Lembretes)


A coisa mais amada do mundo, essa criatura doce manda pro meu e-mail essa cousa. É ou não é pra se sentir uma sortuda fiadaputa de ter uns amigos assim? Desses que aparecem na hora que a gente mais precisa, e tá quase entregando o jogo? Obrigada, querido. Eu tenho uma coisa a declarar: és meu porteño predileto; um companheiro de verdade.

"Os homens, individualmente, não são amigos dos homens. O ódio começou quando, pela primeira vez, um homem viu outro homem. E assim tem sido, através de todas as manhãs e de todas as noites: - o `outro` continua sendo o inimigo de cada um de nós de todos nós. Daí porque o grande acontecimento é, sempre, o amigo. Ele é a desesperada utopia que todos nós perseguimos até a última golfada de vida."
(Nelson Rodrigues)

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quarta-feira, março 15, 2006

Se o Amor Acabou ( Da série Pergunte ao Pó)


Ainda vou querer entender por que é tão difícil suportar que o amor acabe. Por que é difícil para os vizinhos, para o jardineiro, para os zeladores, para a empregada, para a professora, para os amigos velhos, para os amigos novos de cada par. É como se cada amor ajudasse a preservar todos os outros, numa espécie de corrente. E como se o fim de um amor ameaçasse, por conseguinte, as viúvas que criaram a memória de que só a morte pôde contra seu amor; como se ameaçasse todos os amores em andamento e todos os amores possíveis. Parece que o fim de um amor é um fracasso coletivo. E o responsável por esse cataclisma merece vaia e desprezo. É alguém que 'jogou fora' o que tinha. É melhor não ser visto perto dele ou com ele confundido, afinal, é separado, desquitado, desolado, ou sei lá o quê. Então, meus amigos, se o amor acabou, mantenham segredo. Falem baixinho, chorem escondido. Não ousem soluços no colo de nenhum grande amigo: ele sumirá apavorado. Não ousem pedir ajuda, contar a verdade. Vivemos um tempo em que não se sabe mais o que fazer com soluços, desabafos, com os restos, as sobras, a dor. Vivemos um tempo em que é imperativo sorrir e responder 'tudo bem'. Vivemos um tempo em que não é permitido confessar nem ao amigo de infância, pois a imagem que ele guarda deve ser preservada. Ele quer guardar o sorriso de antes, não esse rosto de agora, marcado pela perda do amor.
Imagem: Frederic Gaillard

6 Comentários:

Blogger Rogério B. Alves disse...

"Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo. Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo 'clima', certa 'preparação'. Certa 'grandeza'.

Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente. E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo 'eterno') cotidiano. A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor. Porque o amor, como a morte, também existe - e da mesma forma dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte - pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) - nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade." (Fragmento de EM MEMÓRIA DE LILIAN de Caio Fernando Abreu)

Se a morte por si só já assusta, imagina a constância da morte, na perenidade da rememoração constante...

15/3/06 03:44  
Anonymous Anônimo disse...

uffff...deixa eu respirar...tranquei a respiração lendo o post, abro os comentários e o rogèrio dá o golpe mortal com caio. assim a pessoa não tem condições de trabalhar...
saudades.
Tô adorando ver o rostinho iluminado da Clara todo dia.
bjs, paula

15/3/06 11:46  
Blogger Leonor disse...

Vivemos um tempo em que não se sabe mais o que fazer com soluços, desabafos, com os restos, as sobras, a dor. Vivemos um tempo em que é imperativo sorrir e responder 'tudo bem', é bemverdade! E gostei muito deste texto.

15/3/06 13:53  
Blogger Gláucia disse...

Lindo, Rog.
Muiiiiiiiiito lindo.

Paula,
Sempre gosto quando gostas. Mas tens razão: golpe mortal é a expressão pro comment-post-citação do Rog.

Pena que ainda não nos encontramos na Escolinha. Agora Clara tá entrando na fase da resistência. Hoje disse que não queria a Taís. Estamos revezando (até na adaptação). Hoje é dia do Rogério. Tomara que seja tranquilo.
Bjs,

15/3/06 13:55  
Blogger Gláucia disse...

Papalagui,
Vou postar hoje ou amanhã um poema do Drummond, que amo, que usa essa expressão (vivemos um tempo...) como mote, e é simplesmente um absurdo de lindo...

15/3/06 13:57  
Blogger Gláucia disse...

Eu também não sei o que fazer... Não sou uma pessoa sábia. Eu desespero. Me gasto, sofro. Sou 'a' pessoa que não sabe o que fazer com o que resta da gente...

22/3/06 20:53  

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terça-feira, março 14, 2006

Francisco José Viegas (Da série Parabéns a Você)


Para o Chico, que nos ensinou toda a poesia de um Adeus Português, nossas saudades e o desejo de que essa data se repita por muitos anos, nós unidos num sempre forjado pelo compromisso que só as palavras estabelecem. Essencialmente as não-ditas, aquelas que se passa uma vida a buscar.
Foto: mãos do Chico e da Clara.

7 Comentários:

Blogger F disse...

Eu adoro essa Clara. Come bem, sorri muito pra mim, brinca, é divertida, não corre (como a mãe), não vota errado, não é do Inter e é linda.

14/3/06 22:07  
Anonymous Anônimo disse...

Francisco,

Ela é do inter...infelizmente.
No restante estás certíssimo.

A foto está impagavelmente linda.

Keiko

14/3/06 22:22  
Blogger Alex disse...

Ohhh, Clara é do Inter tb? Q fofa!

;)

Chico, Feliz Aniversário!

15/3/06 01:35  
Blogger Gláucia disse...

Ah, mas nem sabes o que ela diz: mãe, vamos correr forte? Acho que ela vai ser corredora sim. E é colorada doente, pra tristeza do aniversariante ,de dona Keikita e da mami. E alegria eterna de Rogério e Alex

15/3/06 05:24  
Blogger Tuca disse...

Parabéns, Francisco! Um grande abraço.

15/3/06 21:26  
Blogger joão marinheiro disse...

As palavras...Nenuma palavra é inocente...Ando de roda das palavras faz tempo, ando de roda da saudade, ando de roda do sonho...Excelente blog, vou passar por cá mais vezes, os temas são aliciantes, está nos meus favoritos.Abraço marinheiro

17/3/06 06:20  
Blogger Gláucia disse...

Sabe que eu adorei esse comentário. Ele passou o dia inteiro voltando à minha cabeça. Adoro a palavra 'aliciante'.

18/3/06 02:13  

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segunda-feira, março 13, 2006

A Aprenidazem Amarga (Da Série Sagrados e Consagrados)


Chega um dia em que o dia se termina
antes que a noite caia inteiramente.
Chega um dia em que a mão, já no caminho,
de repente se esquece do gesto.
Chega um dia em que a lenha não chega
para acender o fogo da lareira.
Chega um dia em que o amor, que era infinito,
de repente se acaba, de repente.

Força é saber amar doce e constante,
com o encanto de rosa alta na haste,
para que o amor ferido não se acabe
na eternidade amarga de um instante.


Thiago de Mello
Imagem: Geoffroy Demarquet

1 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

Esse poema é lindíssimo. E dói...

13/3/06 13:24  

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É tarde (Da série O Tempo Redescoberto)


Ainda é cedo demais para que eu possa avaliar o tamanho do rombo, o tamanho do roubo, o tamanho do assombro.
Ainda é cedo demais para dizer o lugar em que se alojará isso que agora sei (ou terei sempre sabido?)
Ainda é cedo para muitas coisas...
E tão tarde para outras tantas...
Vou tentar dormir.
Saber que me amas há de tornar o sono possível.
Também te amo.

Imagem: Shiva

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domingo, março 12, 2006

O Nome da Cousa (Da série Bilhetes e Lembretes)

Olhem o que encontrei: Decálogo dos Direitos do Blogueiro, no O Biscoito Fino e a Massa.
Vale muiiiito a pena.
******************************
O livro novo da Fal, O Nome da Cousa, já está na roda. Se você ainda não comprou o seu, calma que dá tempo. Ainda tem. É só mandar um mail para livronovodafal@gmail.com e pedir.
******************************
Hoje minha insanidade passou da conta. Corri 1h30 no sol das 12h30 (portanto até 14h) sem protetor solar. Adivinharam o resto, né? Isso, bem assim. Exatamente dessa cor. E, pior, o treino foi tão longo porque não consegui correr direto (sei lá se tô treinando pouco ou o sol é que estava excessivo mesmo).
*******************************
Estou começando a ficar pessimista quanto às possibilidades de terminar essa porcaria, digo, essa dissertação, no prazo. Estava numa fase gangorra. Agora tem se acomodado um pessimismo morno e constante...Eu continuo, mas acho que estou cansada.
********************************
- Clara, vem vestir a roupa pra sair.
- Mãe, não incomoda a Carinha que ela dormindo (se deitando no tapete).
********************************

10 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Termina sim. Vai fazendo... Tem mais letras para eu digitar do que tinha o comentário.

12/3/06 19:55  
Blogger Tuca disse...

Glau, tu és louca...

12/3/06 21:18  
Blogger Gláucia disse...

Entra já no MSN. Bjs

12/3/06 21:24  
Blogger Gláucia disse...

Saudades de vcs, Zé. Vcs, não dos laranjinhas...bjs

12/3/06 21:25  
Blogger Leonor disse...

Nada de desistir!!!! Bjs grandes

12/3/06 21:26  
Anonymous Anônimo disse...

O negócio é tocar ficha. Dá sim. Vai fazendo como se fosse por etapas...sabes...daí quando te deres conta vais ter acabado...

Beijos...saudades.
Keiko

12/3/06 23:28  
Blogger Gláucia disse...

Keiko, sumida, por onde andas???

13/3/06 00:31  
Anonymous Anônimo disse...

Glaucia minha filha...nem pensar.
Pode parar djá.
Vai conseguir, vai ter força e vai dar tudo certo.
Repetimos tanto esse mantra.
Nem brinca menina.
FORÇA QUERIDA. Já está quase acabando.
Eu também sigo aqui na luta. Agora com trocentas aulas etc etc etc.
"Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo"
Um beijo
Juliana

13/3/06 09:16  
Anonymous Anônimo disse...

Sumida nao que venho aqui todos os dias...Nao consigo ficar sem MI.

Estou morrendo de saudades tuas...

Beijos,
Keiko

13/3/06 19:14  
Anonymous Anônimo disse...

Glácia, claro que lembrei de você quando escolhi o template novo... Também achei lindo!
Obrigada pela visita.

14/3/06 11:31  

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Boa Noite, e Boa Sorte (Da série 'Descolar Cinema')

"Primeiro levaram os comunistas,
mas eu não me importei,

pois eu não era comunista.
Em seguida levaram alguns operários,
mas eu não me importei,

pois também não era operário.
Depois prenderam os sindicalistas,

mas também não me importei,
pois eu não era sindicalista.
Depois agarraram os sacerdotes,

mas como não era religioso,

também não me importei.
Agora estão levando a mim,

mas já é tarde..."
(Bertold Brecht)


Esse foi o poema que me invadiu após assistir 'Boa Noite, e Boa Sorte'. Por que? Porque o filme conta a história de Edward R. Murrow (David Strathairn) - um homem que se importou. Um homem que enfrentou o medo. Um homem que não sendo comunista, operário, sindicalista, sacerdote ou religioso, se importou. Se importou com o desrespeito oficializado das liberdades públicas, com a violação do devido processo legal, com a inconstitucionalidade praticada por órgãos que deveriam atuar pelos cidadãos. Eu não vou dizer que o filme recria com perfeição a atmosfera dos anos 50, que é tecnicamente impecável, que a música é um desbunde, que o elenco é de primeira, que roteiro e direção são excelentes (pra minha surpresa). Isso todo mundo já disse. Eu vou dizer que um homem se importou e rasgou o pesado manto do silêncio ao erguer sua voz. Eu vou dizer apenas isso: esse filme conta a história de um homem que se importou, e não se omitiu; um homem comum que se importou... e fez diferença.
Não é demais repetir Shakespeare (Júlio César): "Há momentos em que os homens são donos de seus fados. Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos."
Quem não foi ainda, vá. Logo, enquanto ainda está num cinema perto de você.
Good Night, and Good Luck

13 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Tu gostou mesmo, eim neguinha? Valeu a dica. O que vale na vida, é ,ou, são os que fazem diferente.
Estou com saudades das nossas conversas, mas te espero até final de abril. Beijos.
Malvadeza.

12/3/06 13:03  
Blogger Alex disse...

Eu confesso que não esperava mais de Boa Noite, Boa Sorte. O que foi muito bom, porque tive boas surpresas.

Há váários filmes que falam desta época, mas um e especial me é muito querido. Chama-se Lembranças de um Verão. Aqui ó: http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/lembrancas-de-um-verao/lembrancas-de-um-verao.asp

Já viste?

Beijos

12/3/06 13:44  
Blogger Miranda disse...

Malvadezinha, que prazer em tê-la por aqui.
Tômara que valha mesmo, inclusive a importunação das amigas pelas doisdas possessivas de plantão...
bjinhos

12/3/06 16:09  
Blogger Miranda disse...

Alex,
Eu fui não esperando nada, na real (confesso meu preconceito). Foi uma boa surpresa.
Vou pegar lembrança de um verão, certo. Depois te conto o que achei.
Bjs

12/3/06 16:10  
Anonymous Anônimo disse...

Sem dúvida, muito corajoso. Mas parece que algumas peças do quebra cabeças ficaram de fora...ao menos para mim. Preciso aprender mais sobre Macarthismo...

12/3/06 18:09  
Blogger Miranda disse...

Quais partes Adelaide? Fala aí.

12/3/06 18:51  
Blogger Tuca disse...

Eu lembro quando me apresentaste este poema. Eu tinha 11 anos! O resto tu já sabes...

12/3/06 21:20  
Blogger Alex disse...

Engraçado... há muitos anos, numa destas cerimônias do Grammy, eu vi a Maya Angelou (poeta americana que eu amo) recitando o seguinte:

"First they came for the Jews, but I did nothing because I'm not a Jew.
Then they came for the socialists, but I did nothing because I'm not a socialist.
Then they came for the Catholics, but I did nothing because I'm not a Catholic.
Finally, they came for me, but by then there was no one left to help me."

Dizendo ser do Padre Niemoller, dita por ocasião da Segunda Guerra Mundial.

E na internet confere a informação.

Vai saber...

14/3/06 13:00  
Blogger Miranda disse...

Eu também já vi ser atribuído ao Padre. Mas pesquisando na internet também se confirma Brecht...
Sei lá... Vou pesquisar em algum lugar mais sério (tipo Obras Completas) e te digo.
Beijinhos

15/3/06 02:24  
Blogger Miranda disse...

Algum lugar mais sério, vindo de um nós, é ótimo...

15/3/06 02:25  
Blogger Alex disse...

A do padre é de 1946. De quando éa do Brecht?

15/3/06 11:29  
Blogger Miranda disse...

Olha só o que eu achei. Nenhum é o próprio, mas são equívocos conhecidos, como pode ser esse. Aliás, a idéia de fundo do último é a mesma (e é um poema atribuído a Maiakóvski e Brecht, erroneamente). Dá uma olhada:

http://www.umacoisaeoutra.com.br/literatura/falsos.htm

Vou ligar pro Goethe hoje (agora eu quero saber!!!)
beijocas, querido. E que te mantenhas curioso e atento pra aprendermos sempre mais e mais, juntos.

15/3/06 14:12  
Blogger Miranda disse...

E esse é destruidor da associação que fiz. Risos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult2707u33.shtml

15/3/06 14:19  

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sexta-feira, março 10, 2006

Não há enganos (Da série Sagrados e Consagrados)


Não há enganos entre nós, só as coincidências
explicam os fantasmas que nos unem.
Ao melhor amigo não conto o que me encanta
e transforma. Entre nós, que somos tristes e
leves, as longas baías de inverno têm pouco a
dizer. De tudo isso sabemos um pouco,
quase nada, enumeramos razões
e receios, os princípios, nisso esgotamos
a brancura, alguma coisa, algum tempo.

Não há enganos. Não há nada mais,
o futuro.

Francisco José Viegas, in O Futuro em Anos-Luz

(Imagem: Suzana Ribeiro)

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Lindo esse post. A foto casa muito bem com o texto.

Bom começar o dia por aqui.

Beijo,
Niña

10/3/06 10:17  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Amiga, el amor infinito debe ser transparente como una gota de lluvia y las razones de encontrar la otra mitad, qué importan si todo es delicioso en su compañía. Un beso y contigo brilla el sol.

Héctor.

10/3/06 16:34  
Blogger Gláucia disse...

Héctor,
El secreto del agua: fluir y escuchar...la niña llora lágrimas dulces, frente a los girasoles que marchitan.
Besos.
Gracias...el sol...

10/3/06 20:46  
Blogger Gláucia disse...

Que poeta, né, Tíccia?

10/3/06 20:50  

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quinta-feira, março 09, 2006

Sobre a Violência (Da série Bilhetes e Lembretes)

Esse post é dedicado à memória de Eduardo dos Santos, 16 anos, brasileiro, morador de São Gonçalo, órfão de pai e mãe, que estava no Morro do Pinto, no dia 06 de março e foi morto em razão do tiroteio no Morro da Providência, durante invasão protagonizada pelo Exército, em busca de armas roubadas de um quartel... Eduardo dos Santos, 16 anos, brasileiro, morto em tiroteio; foi considerado pelas "autoridades competentes" um dano colateral da operação.

"(...) Por isso poder e violência são termos opostos: a afirmação absoluta de um significa ausência do outro. É a desintegração do poder que enseja a violência, pois quando os comandos não são mais generalizadamente acatados, por falta do consenso e da opinião favorável, (...)" e o que vem depois vale a pena...

"Não há dúvida de que é possível criar condições sob as quais os homens são desumanizados - tais como os campos de concentração, a tortura, a fome - , mas isto não significa que eles se tornem animais; e, sob tais condições, o mais claro indício da desumanização não são o ódio e a violência, mas a sua ausência conspícua.(...)

Hannah Arendt (Sobre a Violência, edição brasileira Relume Dumará)

Imagem: Pablo Jacob

2 Comentários:

Blogger Héctor Ojeda disse...

Que conmosión que una vida quede trunca a los 16 años, cuánta violencia se podría evitar si mermara la codicia de unos pocos para apoderarce de la mayoría de los bienes que deberían ser para todos. Un abrazo mi muy linda amiga. Brasil es más bello contigo.

10/3/06 16:30  
Blogger Gláucia disse...

Héctor,
Uma vez mais a doçura do teu olhar me envaidece e comove. E esse olhar é um carinho muito bem-vindo, justamente nos momentos em que fatos tristes e escandalosamente emblemáticos como essa morte fazem a gente se perguntar onde é que foi parar tudo o que se pensava estar ajudando a construir...

10/3/06 20:33  

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Os Girassóis da Rússia ( Da série Cartas Reenviadas)

Saberei colar as partes que precisam ser coladas. Hei de saber. Afinal, não são tantas. Alguns estragos são irremediáveis. Mas talvez só nos apercebamos deles ao depois, quando "o tempero da vida" se foi, os morangos já mofaram, a última estrela se despediu.
Ao saber da morte de Rainer, Marina escreveu: "(...)Je ne veux pas relire tes lettres, sinon je ne voudrai plus "vivre" (ne le "pourrai" plus? Je "peux" tout - c'est ne pas de jeu), je voudrais te rejoindre, pas rester ici. (...) Très cher, fais que je rêve de toi quelquefois. (...)" Sinto as vezes um forte desejo de dormir para sonhar que vos encontro. Que abraço meu pai; que podemos brincar ainda; que estás perto; que é quase; não nunca. Saber nunca me dilacera. Saber nunca acaba comigo. Quantos nunca? Qual nunca? Nunca foi é o pior de todos os nuncas. Certa vez disse que sentia diferentes saudades do pai, da Tuca e do André. Ele era sem ponte, era meu nunca mais. Mas eles eram espera.
Contou-me uma amigo que em Portugal há vastas plantações de girassóis, belíssimas, que causam intenso impacto estético. Eles não são colhidos. São deixados a morrer. E, como já disse a Tíccia, "morrer à míngua é a pior morte que tem". Ainda mais para quem passou a vida buscando a luz...
Os girassóis da Rússia (Sophia Loren e Marcello Mastroianni) foram a imediata associação que fiz. Antiqüíssimo. Triste.... Pouco importa quão grande tenha sido o amor, ele pode se perder na memória. Será que meu nome ainda queria dizer alguma coisa a ele? Que evocaria esse nome escolhido, antes mesmo que ele soubesse que queria dizer, também, essa flor: papoula?

7 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Bom dia, Gláucia. Ando afobada com o trabalho, assim que puder envio um mail. Obrigada grande. Beijos gordos :))

9/3/06 06:56  
Blogger Héctor Ojeda disse...

Girasoles grandes, luminosos y fuertes, siempre destacan y no pasan inadvertidos, pero, igual se marchitan... Un abrazo Gláucia.

9/3/06 09:55  
Blogger Gláucia disse...

Papalagui,
mereces. Como já te disse outra vez, a ajuda que a leitura do teu blog me proporcionou é incomensurável. Bjs

9/3/06 18:45  
Blogger Gláucia disse...

Héctor, querido,
Mesmo sabendo que 'marchitan', te repito um escritor brasileiro que amo muito, "Essa morte constante das coisas é o que mais me dói."
Besos

9/3/06 18:59  
Blogger Tuca disse...

Glau, também sinto esta vontade de dormir para sonhar e "reencontar"... Que doido isto!

9/3/06 19:08  
Blogger Gláucia disse...

Acho que não é doido. É certo. É um jeito de sentir a presença que, acordado, a gente sabe que perdeu pra sempre.

10/3/06 01:06  
Blogger Leonor disse...

Oh Gláucia, ando sempre correndo. Aqui fica um mail meu mrs.spock@clix.pt. Bjs grandes e boa semana :)

12/3/06 19:36  

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quarta-feira, março 08, 2006

Como diria Charlotte (Da série Imorais e Surreais)

Como diria Charlotte, hoje eu acordei assim...



Será que dura o resto do dia?

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Oi Margarida,

Durou?

PS. Adoro esse filme!

Beijos,
Niña

8/3/06 21:11  
Blogger Margarida disse...

Que nada. Crasse não se compra no armazém, como já dizia Roberta Arabiane. E Charlotte é outro nível! E tu, como estás com as esquisitices?

8/3/06 21:20  
Anonymous Anônimo disse...

Estão quase prontas. Mas estou num momento reluntância/mula empacada que só vendo.

Beijão...

9/3/06 11:12  

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O Jardineiro Fiel (Da série 'Descolar Cinema')


Eu sei que já pode ser considerado patológico. Mas fui ver de novo. Tá, eu sei que é a terceira vez. Mas quanto mais vejo menos me conformo com a não-indicação ao Oscar de melhor diretor e de melhor filme. Tá, eu sou suspeita. Afinal, esse é um blog-jardim. Mas não consigo achar justo. Principalmente depois de ver Munich (muito bom, mas não há termo de comparação) e Capote (que também é ótimo, mas entre os dois eu não piscaria). E após todas as indicações ao Bafta (acho que foram 10), acabar levando só edição! Eu achei o Oscar de Crash merecido, merecidíssimo. Já postei sobre isso. Mas se alguém me perguntasse qual foi a injustiça terrível terribilíssima das últimas premiações, eu diria "Jardineiro Fiel". Pelo amor de Deus, o que é a fotografia? E a trilha sonora do argentiníssimo Alberto Iglesias, então? Não é segredo pra ninguém a minha paixão de longa data pelo Ralph Fiennes, e, mais recentemente, pelo Justin Quayle. Aliás, esta última rendeu inclusive a ira de algumas respeitáveis senhouras que achavam que homens não podem ser frágeis e que não há perdão para aqueles que não reconhecem o valor da mulher que tem a seu lado enquanto ela está ali. E eu me esforço, mas não consigo deixar de amar cada silêncio daquele homem. A criatura simplesmente agradece ao sujeito que vem dar a pior notícia que ele já ouviu, dizendo que deve ter sido muito difícil vir lhe dizer aquilo. Eu tenho vontade de abraçá-lo nessa hora, de dizer não precisa ser educado agora, de dar colo. Será que eu que sou louca? Ele fica amedrontado ao se apaixonar, mas não deixa de dizer sim. Putaquopariu, o cara não era um amante latino, rasgado, do tipo capaz de mandar flores de hora em hora (que sonho!!!!!!!!). Ele demonstrava seu afeto com o grau de intensidade que lhe era possível. E que não necessariamente correspondia ao grau de intensidade do que sentia...mas apenas ao grau de intensidade que ele conseguia expor. Esse contraste fica perfeito quando ele encontra o 'primo latino'. E Fiennes consegue fazer os olhos de Justin transbordarem tudo o que as palavras não dizem.
Ai, ai. A fidelidade do jardineiro me comove do início ao fim. Fazer o que. Devo ser doida!

Imagem: Rachel, maravilhosa, recebendo sua merecida estatueta

6 Comentários:

Blogger Alex disse...

Que engraçado isto de gostares tanto do Jardineiro. Eu vi uma vez e meia e achei absurdamente forçado. Tudo forçado. Acho/sei que o Fernando Meirelles tem o dom da edição, sempre maravilhosa. Não acho a fotografia assim TÃO tão, entende? Achei convencional. A Rachael Weisz está bem, mas mediana, da mesma forma que o Ralph está fazendo aquelas caras e bocas de sempre.

Mas eu não vim aqui para tentar te contradizer. Eu queria dizer que eu acho lindo a gente se identificar, se embasbacar e se comover tanto com um filme, como foi contigo com o Jardineiro e eu com Crash. E, tenho certeza, temos muitos outros.

O que será que estes filmes fazem na gente, heim?

8/3/06 10:54  
Blogger Gláucia disse...

Mas é bom que a gente discorde de vez em quando, não é? Se a gente nunca discordasse e tivesse essa bárbara afinidade espiritual que temos, seria muito assustador. Ou melhor, seria muito mais assustador do que é. Um assustador maravilhoso, mas assustador.

E Crash fez isso comigo também. Eu achei Crash tudo.
E se o Jardineiro estivesse indicado, acho que Crash deveria ter ganhado. Achei injusta a não-indicação.

Sabe o que eu acho que eles fazem com a gente? Acho que eles nos revelam. Minha identificação com a Tessa e minha vontade de proteger o Justin devem revelar muito de mim. Assim como nosso choque com Hotel Rwanda revela muito de nós. Assim como nossa devoção por Crash: colchas de retalhos (acho retalhos reunidos com arte a nossa cara), necessidade de afeto, velocidade, solidão em movimento, conforto nas palavras...

Beijos com asas.

8/3/06 16:41  
Blogger Gláucia disse...

Ai, Delaidinha, tu também ficaste com síndrome de assistente fiel, como djo?

8/3/06 21:50  
Blogger Alex disse...

A Delaidinha tem é síndrome de me contrariar, isso sim!

Passa já pras tuas panelas, Adelaide!

**

8/3/06 22:13  
Blogger Gláucia disse...

Ai, Alex, que coisa mais leonina!!! Sabe que eu acho que as leoninices, no teu caso, te tornam ainda mais irresistível, ao contrário do que ocorre com a maioria dos mortais.

8/3/06 22:38  
Blogger Gláucia disse...

Adorei "contrariro", pq além de ser uma prova de 'calexia' é uma confissão de que, tanto quanto eu, adoras as leoninices da criatura.

No mais, concordo contigo sobre o lançamento cedo e sobre o lobby. Ao
que acrescento: muito inglês/brasileiro e pouco americano.

10/3/06 02:27  

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terça-feira, março 07, 2006

O que me importa (Da Série Canções do Exílio)


O que me importa seu carinho agora
se é muito tarde para amar você
O que me importa se você me adora
se já não há razão pra lhe querer
O que me importa ver você sofrendo assim
se quando eu lhe quis
você nem mesmo soube dar amor
O que me importa ver você chorando
se tantas vezes eu chorei também
O que me importa sua voz chamando
se pra você jamais eu fui alguém
O que me importa essa tristeza em seu olhar
se o meu olhar tem mais
tristezas pra chorar que o seu
O que me importa ver você tão triste
se triste eu fui e você nem ligou
O que me importa seu carinho agora
se para mim a vida terminou

(Cury/Marisa Monte)

Imagem: Nuno Manuel Baptista

6 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

Eu acho essas coisas simplesmente incríveis. Essa é outra foto que eu havia adorado. É ou não o máximo da sintonia?

7/3/06 17:32  
Blogger Tuca disse...

Achei lindíssima esta foto... E a música também adoro.
Sintonia... Talvez se comparássemos nossos DNA´s, os alelos do (bom) gosto certamente seriam idênticos. Deve ser genético!

7/3/06 18:12  
Blogger Tuca disse...

Ah, e os alelos da modéstia também!!!

7/3/06 18:14  
Blogger Alex disse...

Ah, mas esta música é um horror. Sabe clima de ficção científica? Imaginem um ferro-velho do futuro onde eles, ao invés de amassarem carros velhos, o fazem com corações quebrados. Dá pra imaginar esta música tocando ao fundo, não dá?

Credo. Eu ando muito dark.

Beijos, Tuca!

8/3/06 22:18  
Blogger Gláucia disse...

Tu tá até perigoso, criatura!!!!!! Mas sabe que o Rogério concorda contigo: ele não gosta e chama de algo tipo "melô do ressentimento"

8/3/06 22:40  
Blogger Rogério B. Alves disse...

Seria um sucesso na voz de Amado Batista ou Odair José.

9/3/06 00:56  

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segunda-feira, março 06, 2006

Sanidade (Da série Imorais e Surreais)


Vejam o que é a maravilha, a fina flor da sanidade dos meus amigos. Sagitariano, advogado, professor, bem lindo e bem casado: "Antes eu tinha delírio persecutório. Agora eu sei que tá todo mundo contra mim, mesmo."
Depois dizem que eu sou doida...Mas se não fosse ficaria, né, evidente.

1 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

Como gostam de falar mal dos pobres dos sagitarianos. Logo de nós. Pessoas tão equilibradas, tão pouco espaçosas!

7/3/06 17:33  

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Crash (Da série "me segura qu'eu vou dar um troço")

“Moving at the speed of life, we are bound to colide with each other.”


"It's the sense of touch, in real cities you walk, y'know? You brush past people, people bump into you, in LA nobody touches you. We're always behind this metal and glass...it's that sense of touch. I think we miss that touch so much that we crash into each other just so that we can feel something."

Quase tive um colapso. Estava torcendo, mas não esperava. Pelo peso do dito e do não-dito, pelos muitos tiros que acertaram e pelos outros tantos que não; pelo medo permanente que desvia nossos passos do toque e nos faz viver escondidos; pela crueza e pela velocidade. Mas fiquei feliz. Não é um retrato bonito...mas é um retrato tristemente fiel a nossas solidões. E suas intermitências...

4 Comentários:

Blogger Ronzi Zacchi disse...

Nem me fale desse filme, foi a maior marmelada... um filmezinho mais ou menos... affe!

6/3/06 10:39  
Blogger Alex disse...

Eu tinha certeza, Glau. Porque não poderia ser de outra forma, entende? Crash é o filme do ano, já era antes do Oscar e continuaria sendo, mesmo sem prêmio. É muito maior que toda fanfarra.

E a teoria que eles citam no início do filme é bem verdade. Eu ando me batendo em todo mundo.

beijos com asas.

6/3/06 11:46  
Blogger Gláucia disse...

É, eu também acho isso Alex. É muito maior do que toda fanfarra. E justamente por essa razão pensava que não levaria. Não era produção de um grande estúdio. Aliás, a produção foi difícil, tanto que Sandra Bullock, Matt Dillon, Don Cheadle e Thandie Newton atuaram por cachês muito menores do que os habituais. A polifonia e os embates, que, nesse caso, eram raciais, culturais e literais, também me pareciam pender contra a premiação. Embora sejam o que, na minha opinião, faz o filme ser o grande filme que é...
Boa surpresa.
Ah, e eu também ando me batendo em todo mundo.
Beijos com asas, dear.

6/3/06 17:01  
Blogger Gláucia disse...

Ronzi,
Acho que até dá pra não gostar do filme. Ele é forte demais, rápido demais. Sei lá. Mil razões. Mas marmelado acho que não foi não. Inclusive por tudo que acabei de dizer no comentário anterior.

6/3/06 17:03  

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Quando os teus olhos absorvem (Da série Sagrados e Consagrados)



Quando os teus olhos absorvem
todas as cores da minha
mais íntima tristeza,
e compreendes e calas e prometes
um lugar qualquer na tua alma,
e a tua voz demora a regressar
ao neutro compromisso das palavras,
sei que as tuas mãos ajudariam
a limpar estas lágrimas antigas
por dentro do meu rosto.

Victor Matos e Sá

Imagem: Papoula

1 Comentários:

Blogger Gláucia disse...

Eu amei esse poema desde o primeiro instante. Amei 'neutro compromisso das palavras'. Amei todo, na verdade.

7/3/06 17:34  

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domingo, março 05, 2006

Wild is the wind (Da série Trilhas Sonoras do Dia)


Love me love me love me
Say you do
Let me fly away
with you
For my love is like
the wind
And wild is the wind

Give me more
than one caress
Satisfy this
hungriness
Let the wind
blow through your heart
For wild is the wind

You...
touch me...
I hear the sound
of mandolins
You...
kiss me...
With your kiss
my life begins
You're spring to me
All things
to me

Don't you know you're
life itself
Like a leaf clings
to a tree
Oh my darling,
cling to me
For we're creatures
of the wind
And wild is the wind
So wild is the wind

Wild is the wind
Wild is the wind

(Na voz de Nina Simone)

Imagem: Tim Flach

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sábado, março 04, 2006

As cinco esquisitices (Da série Bilhetes e Lembretes)

Ontem a Papalagui declinou do recrutamento para revelar cinco manias estranhas, porque já o havia feito, em post de 04/02. Aí escolhi o Lauro pra substituí-la, completando minhas cinco indicações. Não é que hoje, quando ia fazer o post anunciando a substituição, ele já havia postado suas esquisitices. Que rapidez, rapaz! Tô impressionada. Agora, por outro lado, o Rogério, a , a Niña e a Elis tão devagar, hein! Eita auto-análise mais profunda!
Tão bom ontem ver a Ticcinha. Que saudades que eu estava daqueles olhos grandes, daquela coragem despudorada, daquela sensibilidade gota de orvalho e 'navalha na liga'. E por falar nela, texto novo lindíssimo no Não Discuto.
Minha amiga argentina preferida também está de volta. E sem paciência. Não adianta. A gente gosta é de tango. Sem torpedinho, declaração de amor, música mandada no meio de reunião, flor roubada e gritaria no meio da rua não vai. Fazer o que?
E eu, mulher de sorte ilimitada. Não saio pra almoçar e dou de cara com o 3º homem mais bonito do mundo? Adivinha como é que a criatura estava vestida? Sim, exatamente: a roupa velha de ginástica, tênis, e uma camiseta de divulgação do Memórias de uma gueixa. E ele me acha leenda! (Claro que hoje ele não disse isso, né?)
E essa imagem? Pois é: nostalgia pura. O marcador de livros da "Prometeo libros", que ficava na Corrientes, 1916, Buenos Aires. Uma livraria que eu amava e que era tudo de bom. Fechou.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Um dia vais ter que me contar sobre Buenos Aires...Esse finalzinho de post me deixou querendo saber tudinho... E o MI está cada vez melhor... Agora além de viciada em Drops, Dietas, e Cafeína, não saio de casa sem passar pelo jardim de margaridas...embeleza o dia.

6/3/06 10:41  
Blogger Gláucia disse...

Ai, ai. Que bom saber disso. Assim nós vamos ficar egão discontrol. E quem segura as 'Lôka' depois?

6/3/06 17:07  

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Decir, Hacer (Da Série Sagrados e Consagrados)


Entre lo que veo y digo,
Entre lo que digo y callo,
Entre lo que callo y sueño,
Entre lo que sueño y olvido
La poesía.
Se desliza entre el sí y el no:
dice
lo que callo,
calla
lo que digo,
sueña
lo que olvido.
No es un decir:
es un hacer.
Es un hacer
que es un decir.
La poesía
se dice y se oye:
es real.
Y apenas digo
es real,
se disipa.
¿Así es más real?
Idea palpable,
palabra
impalpable:
la poesía
va y viene
entre lo que es
y lo que no es.
Teje reflejos
y los desteje.
La poesía
siembra ojos en las páginas
siembra palabras en los ojos.
Los ojos hablan
las palabras miran,
las miradas piensan.
Oír
los pensamientos,
ver
lo que decimos
tocar
el cuerpo
de la idea.
Los ojos
se cierran
Las palabras se abren.


(Octavio Paz)
Imagem: António Gama

1 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Muito bonito :)

4/3/06 19:05  

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sexta-feira, março 03, 2006

Saudade (Da série Pergunte ao Pó)

"Meu coração tem quartos vazios cheios apenas de saudade enorme."
Papalagui



Imagem: Antônio Manuel Pinto da Silva

5 Comentários:

Blogger Blogdoumbertinho,blogspot disse...

oi glaucia, tava meia borococho com meu blog, porque a formatação ta uma encrenca e fica uns espaços que não sei tirar! Aí vi teu comentário e fiquei feliz!!!!!!!!!!
Eu leio sempre o teu e fico toda emocionada!
ô criatura Lindia!
Vou pedir umas aulas pra elaine pra aprender a trabalhar a forma e mandar bala !!!!
Agora que tenho uma leitora tenho que capricha!
boas corr-ídas e cor- vindas
bjs cris(mamaezinha querida)

3/3/06 23:37  
Blogger Gláucia disse...

Cris, que bom que apareceste.
Vamos marcar num web café qualquer dia, ou então aqui em casa mesmo (se vocês não se importarem de vir ao interior!)
Na real, quem saca tudo desses lances de formatação é o Rogério. Mas como agora a gente tá com web café em casa (mais de um computador) dá pra fazer aqui tranquilo no más.
Um beijão,

3/3/06 23:46  
Blogger Leonor disse...

Quanta honra, Gláucia, ser citada no teu blogue!!!!!!!!! Tenhos lágrimas a bailarem-me nos olhos. Um abraço grande, dois braços que se estendem para te abraçar desse lado do Atlântico e um beijo!!!

Borocochó é um termo que se usa ainda hoje na minha casa e que o meu pai também usava muito porque a minha avó, sua mãe, era brasileira.

4/3/06 08:37  
Blogger Gláucia disse...

Disseste em comentário. Mas ela não me saiu nunca da memória, talvez pq eu também tenha meus quartos vazios...
Um abração pra ti também.

4/3/06 14:02  
Blogger Tuca disse...

Que frase... Talvez todas nós tenhamos nossos quartos vazios... Beijos.

4/3/06 18:01  

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Cheek to Cheek ( Da série Trilhas Sonoras do Dia)



Heaven, I’m in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find the happiness I seek
When we’re out together dancing cheek to cheek
Heaven, I’m in heaven
And the cares that hung around me through the week
Seem to vanish like a gambler’s lucky streak
When we’re out together dancing (swinging) cheek to cheek
Oh I love to climb a mountain
And reach the highest peak
But it doesn’t thrill (boot) me half as much
As dancing cheek to cheek
Oh I love to go out fishing
In a river or a creek
But I don’t enjoy it half as much
As dancing cheek to cheek
(come on and) dance with me
I want my arm(s) about you
That (those) charm(s) about you
Will carry me through...
(right up) to heaven, I’m in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find the happiness I seek
When we’re out together dancing, out together dancing (swinging)
Out together dancing cheek to cheek

3 Comentários:

Blogger Tuca disse...

Adoro esta música....

4/3/06 17:53  
Blogger Gláucia disse...

Eu também. Lembra do pai e da mãe dançando?

4/3/06 18:10  
Blogger Tuca disse...

Sim, inesquecível...

5/3/06 13:45  

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Alexandre Brito (Da série Vejo Flores em Você)

Para o Alexandre, que além de grande poeta, nunca desiste de AMAROPOEMA.


As vezes insistir é tudo o que resta.
Você, de tanto insistir na alegria,
reinaugurando visagens, luz-poesia,
Do fundo doar; faz a festa.

Imagem: salete retamoso palma

0 Comentários:

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quinta-feira, março 02, 2006

Manias e esquisitices (Da série Imorais e Surreais)


Mr. Cafeína envia a seguinte corrente:
"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Se um leonino com ascendente em peixes e lua em sagitário é um ser esquisito, imaginem os senhores que classificação teria alguém de sagitário, com lua em gêmeos e ascendente em virgem, sendo que a criatura em questão (djo) traz a correr nas veias a inusitada mistura de sangue judeu e árabe, ahã, eu disse e; dentre outros...
Ok, cinco manias, esquisitices ou coisa que o valha:

1. Eu uso protetor de tela. É isso mesmo: protetor de tela. Fico com o olhar parado num ponto fixo, completamente ausente. Desligo. E me quedo a imaginar coisas bonitas, lembrar poemas, músicas, pessoas... Pode acontecer a qualquer momento: no meio de uma conversa, no meio de uma aula, durante uma leitura, nas situações mais triviais do dia-a-dia.

2. Tenho um problema muito sério com a passagem do tempo; com perder tempo, não usá-lo bem. Por isso, quando vou ao salão de beleza, faço várias coisas concomitantemente. Minha manicure disse que no início ficava apavorada, mas agora já acostumou: eu faço as unhas, depilação, massagem nos pés e cabelo. Tudo ao mesmo tempo...

3. Eu tomo banho, passo óleo perfumado de flor-de-laranjeira ou de maracujá nos tornozelos, nos pulsos, nos joelhos. E umas gotinhas do meu perfume de verão no pescoço. Tudo isso antes de ir correr. Isso mesmo, antes. Sempre que é corrida (não treino), há todo um ritual de embelezamento (ou seria mais apropriado dizer emperfumamento), que não rola nem pra balada.

4. Quando eu tomo café, nunca tomo um café. Tomo sempre três. Peço direto três pingados, com intervalo de mais ou menos um minuto entre um e outro. Muitas vezes já me perguntaram por que não tomo um cortado, que acaba sendo a mesma quantidade de café e é mais barato. Mas gente, eu juro: não tem o mesmo gosto.

5. Sempre carrego os livros que estou lendo comigo (um de poesia, um de ficção e algo que estou estudando). Meu pai sempre dizia: "a gorda tem uma vasta cultura axilar". Mas o engraçado é que a medida que vou andando com eles, eles vão sendo usados como arquivos. Quando troco qualquer um, é sempre necessário fazer uma limpeza (tipo quando algumas mulheres trocam de bolsa)

Olha, sobraram esquisitices (e eu que havia achado que seria difícil). Assim, se quiserem mandar de novo...

E os escolhidos foram:
Niña

Rogério
Elis
Papalagui
Imagem: Almor Loucao

8 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Glau,

Adorei...!
Mas me colocaste numa saia justa.

Beijo,
N.

2/3/06 12:56  
Blogger Gláucia disse...

Saia justa é bom! Tô louca pra ler.

3/3/06 01:19  
Blogger Leonor disse...

Já tinha respondido, Gláucia, é o post de 4 de Fevereiro. Acho que não tenho mais hábitos estranhos :)

3/3/06 17:02  
Blogger Gláucia disse...

Então vou ter que escolher um substituto!

3/3/06 23:16  
Blogger Lauro Rocha disse...

Ok, não sou de fazer desfeita. Os dados estão rolando.

4/3/06 01:06  
Blogger Gláucia disse...

Valeu, Lauro.
E a curiosidade também!

4/3/06 02:43  
Anonymous Anônimo disse...

Querida Glau.

Como dizer... Devo-te uma mensagem, ao menos. Tenho andado perdida... num mundo e tempo meus só... Porque às vezes a energia e a alegria parecem estar a escorregar todas por entre os dedos e nós sem forças para as prendermos mais... Um destes dias vou reencontrá-las... E voltarei para ficar ao menos um pouco mais... Beijos cheios de carinho e saudade.

8/3/06 22:02  
Blogger Gláucia disse...

Querida Elis,
Todos nós temos esses momentos, não é mesmo, de introspecção, de necessidade de estar só, de respeitar a tristeza que vem sem ser chamada. Não te preocupa com isso não. Essa corrente serve mais pra gente conhecer uns aos outros e está a serviço de coisas legais. Aliás, vou passar te e-mail pra minha irmã entrar em contato contigo, pois tem um mimo que vou te mandar daqui. Bjs

8/3/06 23:22  

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Daniela Lemos (Da série Parabéns a Você)

Dani,
Lembro que uma vez te escrevi que "a florzinha que recém começava a se insinuar no vaso, e já alegrava tanto os nossos dias, mesmo os tristes, e enchia de gargalhadas nossas noites, mesmo as escuras", me deixava muito feliz. Hoje tanto mais, pois olhando pra trás percebo que se lá recém começava a surgir, agora já floresceu, cresceu, e persegue incessantemente a luz.
Amigo não se inventa, já dizia o Hélio. E quando amigo acontece, a gente rega, cuida. Não, não é possível compreender o outro em tudo. Mas é possível, por outro lado, amá-lo na sua essência, olhar para ele com generosidade e receptividade. Nesse gesto carinhoso e simples parece residir o trunfo dos que tem grandes amigos e amores. "Amigo é solidão derrotada", disse o poeta. E é. Mesmo que essa derrota seja momentânea. Queria te agradecer por todos os maravilhosos momentos de solidão derrotada que me deste de presente ao longo desse tempo. O aniversário é teu, mas o melhor presente fui eu quem ganhou.

Imagem: Zonnebloemen - Van der Vegt

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quarta-feira, março 01, 2006

Mr. Cafeína (Da série Nunca te vi, Sempre te amei)


Eu queria te mandar o sol caindo no rio,
te dizer que seguidamente sobrevoamos juntos a cidade.
Te dizer que 'o vento nos levará'.
Mas chegaste antes.
Quando começou a se instalar a dor incômoda,
senti teu toque nos meus ombros, ajustando
a capa protetora invisível, salpicada de estrelas...
Imagem: Paulo A.

0 Comentários:

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Amar (Da Série bem-me-quer, mal-me-quer)


Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


(Carlos Drummond de Andrade)

Imagem: Bart

4 Comentários:

Blogger Leonor disse...

Muito bonito.

1/3/06 08:33  
Anonymous Anônimo disse...

Essa é a minha preferida.
Gostei.Estava procurando e encontrei seu blog!
Muito bom ele.Parabéns!

2/3/06 11:18  
Blogger Gláucia disse...

Obrigada, neto. Que bom que gostaste. Aparece aí. Vou lá visitar o teu. Dei uma espiada e já gostei do que vi.

3/3/06 01:16  
Blogger Gláucia disse...

Papa,
Tanto a Tuca quanto eu adoramos o Carlos. O pai amava. Bjs

3/3/06 01:17  

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