Réquiem para 2005, um ano f* (Da série Diálogos Inusitados)
- Eu já tinha aderido à campanha aquela, que depois foi censurada, que mandava 2005 longe e já vai tarde.
- Ah, eu também.
- Eita aninho horroroso.
- É verdade.
- Foi o ano de ver ruir. Do desabamento geral, da desconstrução.
- Pra mim, foi o ano de quebrar os dois pés, né, gurias, ou seja, me desmanchei pela base, de maneira impiedosa, total e irrestrita.
- É, tu te passaste... Mas pra mim também não foi pouca coisa: perdi o pai, o marido, a ilusão dos amores totais.
- Parece que não sobrou nada, porque eu perdi o namorado que nem cheguei a ter...
- Mas tu, criatura, só dando de conga na tua cara, como diria a Rô. Olha onde que tu vais te meter.
- Ah, não foi por falta de aviso. Eu disse, não faz assim, não vai lá não. Tu mereceste o tabefe, vamos combinar...
- É, foi o pé-na-bunda mais lindo dos últimos anos. E o mais rápido.
(gargalhadas)
- Ai, gurias, mas ele é legal.
- Ah, claro que sim, em algum outro planeta deve haver o número dele.
- E tu, sua vaca, tá falando o que, correu como se estivesse sendo perseguida pelo próprio Darth Vader, até quebrar as duas patas. As duas. Sem noção...
- Mas eu estava.
- Estava o que?
- Fugindo do Darth Vader, ora!
(gargalhadas)
- Falando sério, foi o pior ano da minha vida.
- Acho que da minha também.
- Mas por isso mesmo, acabamos precisando tanto escrever, acabamos precisando tanto umas das outras.
- E nos tornando tão unidas.
- É. E se não fosse tudo isso, também não teríamos encontrado as Megeras.
- E o Margarida não teria surgido.
- É, e sem Margarida não teríamos Alex, nem Niña, nem Keiko.
- E nem Elis, nem Lili, nem Gorduchas, nem J.L e seu pai fotógrafo, nem Papalagui.
- Nem a caiana aproximação com as Morangófilas Paula e Jô.
- E nem diminuído tanto o mar que nos separa da Tuca.
- É, inventar margaridas foi a grande sacada do ano.
- Melhor: nos inventar margaridas foi a grande sacada do ano.
- É isso aí.
- Então um brinde: a nós, aos jardins e seus visitantes.
- Ao que foi plantado na escuridão, mas haverá de ver a luz.
- Ao fundo do poço que tornou possível esse Encontro.
- E que, certamente, nos trará outros, tão verdadeiros quanto esse...
Imagem: Antônio Ramos Sepúlveda
- Ah, eu também.
- Eita aninho horroroso.
- É verdade.
- Foi o ano de ver ruir. Do desabamento geral, da desconstrução.
- Pra mim, foi o ano de quebrar os dois pés, né, gurias, ou seja, me desmanchei pela base, de maneira impiedosa, total e irrestrita.
- É, tu te passaste... Mas pra mim também não foi pouca coisa: perdi o pai, o marido, a ilusão dos amores totais.
- Parece que não sobrou nada, porque eu perdi o namorado que nem cheguei a ter...
- Mas tu, criatura, só dando de conga na tua cara, como diria a Rô. Olha onde que tu vais te meter.
- Ah, não foi por falta de aviso. Eu disse, não faz assim, não vai lá não. Tu mereceste o tabefe, vamos combinar...
- É, foi o pé-na-bunda mais lindo dos últimos anos. E o mais rápido.
(gargalhadas)
- Ai, gurias, mas ele é legal.
- Ah, claro que sim, em algum outro planeta deve haver o número dele.
- E tu, sua vaca, tá falando o que, correu como se estivesse sendo perseguida pelo próprio Darth Vader, até quebrar as duas patas. As duas. Sem noção...
- Mas eu estava.
- Estava o que?
- Fugindo do Darth Vader, ora!
(gargalhadas)
- Falando sério, foi o pior ano da minha vida.
- Acho que da minha também.
- Mas por isso mesmo, acabamos precisando tanto escrever, acabamos precisando tanto umas das outras.
- E nos tornando tão unidas.
- É. E se não fosse tudo isso, também não teríamos encontrado as Megeras.
- E o Margarida não teria surgido.
- É, e sem Margarida não teríamos Alex, nem Niña, nem Keiko.
- E nem Elis, nem Lili, nem Gorduchas, nem J.L e seu pai fotógrafo, nem Papalagui.
- Nem a caiana aproximação com as Morangófilas Paula e Jô.
- E nem diminuído tanto o mar que nos separa da Tuca.
- É, inventar margaridas foi a grande sacada do ano.
- Melhor: nos inventar margaridas foi a grande sacada do ano.
- É isso aí.
- Então um brinde: a nós, aos jardins e seus visitantes.
- Ao que foi plantado na escuridão, mas haverá de ver a luz.
- Ao fundo do poço que tornou possível esse Encontro.
- E que, certamente, nos trará outros, tão verdadeiros quanto esse...
Imagem: Antônio Ramos Sepúlveda
13 Comentários:
2005 teve seus bons momentos. Mas a finalização particulçar minha foi tão ruim, mas tão ruim, que chego a pedir para nunca mais ter uma semana tão ruin.
Bah, Adelaide. Meu 2005 foi ruim. Mas a finalização foi muito pior. Com direito a pé na bunda no dia 30. Dá pra acreditar? dia 30. E mal tinha começado...quer dizer, não dava pra me mandar catar coquinho depois do reveillon?
A gente poderia fazer uma enquete para ver quem teve o pior 2005. Pés na bunda dados e recebidos, muito luto, muito choro, nãos e muitos nãos. É 2005 foi uma cousa. Não há de ser nada eu não perco a esperança que a essas alturas se resume em achar que 2006 não pode ser pior.
Beijos,
Keiko
Glau,
Estou meio que travada. Preciso ler e deixar a poeira sentar. Ainda sob o impacto.
A gente se fala.
Beijo,
Keiko
Fora com esse 2005. Foi mesmo do pior. Beijos para vocês e que 1006 nos sorria a todos!!!!!!!!!!!
2005 foi o ano da espera, da ansiedade, da expectativa... Mas 2006 promete muitas coisas boas!
Adelaide, tu és disléxica que nem eu. O teclado não é nosso amigo. Risos.
Glau, Harriet, Margarida, Tuca, Miranda,
2005 foi um ano cachorro, como diz a minha amiga. Um ano em que as coisas até chegaram, mas com muito custo e dificuldade.
Interessante é que o difícil te ensina mais do que o fácil, né mesmo?
De duas, uma: se 2006 for cachorro de novo, a gente já esta treinado para encarar. Se for ano gostoso, de sucesso, a gente vai aproveitar valorizando mais o que conseguir.
E, insistindo na mesma tecla, correndo sério risco de ser risqué, cliché, eu repito, não estamos sós.
Temos nós, blogs, livros, músicas, filmes, poesia, morangos, poços. Nossos lagos espelhados em que nos vemos mais bonitos.
Beijos mil
Keiko,
Essa da enquete era uma boa. Ia dar tanta desgracera que a gente ia ter material pra escrever muita ficção (já que juntando tudo que nos aconteceu, ninguém acreditaria mesmo ser verdade).
Não fica travada que faz mal. Se a gente não conseguir falar no MSN, quem sabe não nos ligamos?
Papalagui, 2006 vai sorrir pra nós todas. Nós já merecemos, né?
Tuquinha, nem acredito que vamos nos ver em menos de um mês. Não quero nem ver o king kong. Vai ser muito choro, jisuis...
Alex, querido, a melhor parte de 2006, que PRECISA SER MELHOR QUE 2005, veja bem, será, com certeza, essa do cliché. Porque depois de te encontrar, não quero te perder nunca mais. Quem vai querer virar patinho feio depois de se experimentar cisne?
Povo,
Eu não sou a pessoa mais otimista do mundo. Mas não pode piorar. E por pior que seja, é como diz Mr. Cafeína - agora temos uns aos outros, nossos livrinhos, disquinhos e o doce sabor dos morangos que nunca morrem.
Também estou radiante com a idéia da tua chegada!!! Beijos. Te espero!
Descobrir o MArgaridas foi uma das coisas boas. Mas como alguém aí sugeriu uma competição para escrever um romance, que tal: perdi dois empregos e um filho! Um aborto no começo da gravidez que ainda mexe comigo profundamente...
Beijos e continuem escrevendo lindo assim. Sempre.
Foi um ano diferente. Ano de inventar margaridas. :)
Bah, Letícia, bem vinda ao clube das desgraças 2005.
2006 vai ser melhor pq não tem alternativa.
Volte sempre.
Fui lá espiar e adorei teu blog.
bjos
Jô, essa foi a parte boa. A melhor.Bjos
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