quinta-feira, janeiro 05, 2006

Mar Adentro (Da série 'me segura qu'eu vou dar um troço')


A Tíccia fez um post sobre Mar Adentro (02/01). Coincidência das coincidências (?), também vi na semana passada. O post e os comentários são um bafo. Entre eles, uma das frases maravilhosas, trazida por I.: "Cuando no puedes escapar, aprendes a llorar riendo."
Mas a Raquel, abençoada seja, (valeu Raquel), postou a íntegra de um poema do Ramón Sampedro (Javier Bardem), o poeta que é personagem principal do filme.

Mar Adentro


Mar adentro, mar adentro.
Y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo,
es como penetrar al centro del universo.

El abrazo más pueril
y el más puro de los besos
hasta vernos reducidos
en un único deseo.

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras
'más adentro', 'más adentro'
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto,
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos".

(ramón sampedro)

Imagem: Jorge Coimbra

5 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

E eu vi o filme ontem.
Depois vêm me dizer que não existem sinais.

:)

5/1/06 02:26  
Blogger Margarida disse...

Eu sei que existem. Se não acreditasse até 2005, passaria a acreditar depois de te encontrar.

5/1/06 02:33  
Blogger Leonor disse...

Adoro o filme. Fez-me repensar a vida e depois da morte do meu pai repensei-a de novo, também à luz do filme. Não sei se isto faz muito sentido.

5/1/06 15:37  
Blogger Gláucia disse...

Papalagui,
Pra mim faz todo sentido, porque foi exatamente o que me aconteceu. Sabe aquela hora, no filme, em que ele (Ramón) diz q é verdade q os principais momentos da vida da gente passam como um filme quando se está a morrer? Sabe no que fiquei pensando? Se quem tem Alzheimer também relembra. Se meu pai relembrou. Se ele pensou alguma coisa, lembrou de alguma coisa, de alguma de nós... Pensei muito também sobre a crença q tenho de q ele preferiria ter morrido antes de ficar demenciado e totalmente dependente. Sobre uma dúvida que me aflige sempre: até quando ele foi ele mesmo, o que é ser alguém? Sempre achei a que a noção de ser alguém envolvia necessariamente a existência da memória de si. Mas basta pensar um pouco mais sobre isso pra ver que o argumento não é válido, sob pena de excluirmos da condição de sujeitos os demenciados, os incapazes de raciocínio lógico, etc...
Na verdade, só queria dizer que eu tbém repensei tudo e q isso faz muito sentido pra mim.
Um beijo,

6/1/06 01:19  
Blogger Leonor disse...

Gláucia, em relação ao meu pai tenho a certeza de que ele preferiria morrer antes de ter ficado dependente, coisa que durou pouco tempo. Morreu de câncer do pulmão e foi uma morte rápida, felizmente. De resto, quando ele morreu tive a mais estranha das sensações, senti que ele já estava longe e ali tinha ficado apenas o que restou dele. Beijos grandes

6/1/06 08:22  

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