Arturo Bandini (Que deu origem à série Pergunte ao Pó)
Porque amo Arturo Bandini, tô louca pra ver e tô com medo de ver.
Mas vou, evidente.
Você, amigo, irmão, companheiro, se não leu, leia.
Já.
É uma necessidade.
Procure com urgência.
Cate aquela tradução do Leminski, Brasiliense, meados da década de 80 (grande brasiliense!). Essa:
Leminski, sobre o livro:
"3.
**************
O livro:
Mas vou, evidente.
Você, amigo, irmão, companheiro, se não leu, leia.
Já.
É uma necessidade.
Procure com urgência.
Cate aquela tradução do Leminski, Brasiliense, meados da década de 80 (grande brasiliense!). Essa:
Leminski, sobre o livro:
"3.
Ask The Dust, "Pergunte ao Pó".
Ocorre, porém, que o verbo to ask, em inglês, também pode significar "pedir", "pedir o jantar", por exemplo: "Peça o pó".
Por fim, to ask, ainda, significa "convidar": "Convide o pó".
Esse pó de palavras que Fante espalhou por tantas páginas.
4.Ocorre, porém, que o verbo to ask, em inglês, também pode significar "pedir", "pedir o jantar", por exemplo: "Peça o pó".
Por fim, to ask, ainda, significa "convidar": "Convide o pó".
Esse pó de palavras que Fante espalhou por tantas páginas.
John "Arturo Bandini" Fante, obrigado por Camila Lopez, por Vera Rivken, por Hellfrick, por Hackmuth, pela senhora Hargraves, por uma noite nas praias da Califórnia, pelo terremoto, por uma história chamada "O Cachorrinho Riu", por todas essas bobagens em que consiste isso que se chama viver, e que, sem você, hoje, já teriam virado pó.
p.l., curitiba, junho de 84."**************
O livro:
"Eu estava bêbado aquela noite, Camila, bêbado de uísque barato, e você estava bêbada de uísque e sofrimento. Lembro que depois de apagar as luzes, nu mas com um sapato no pé, te abracei e dormi, em paz no meio dos teus soluços, mas incomodado com tuas lágrimas que me caíam na boca e eu sentia o gosto do sal e pensava sobre aquele Sammy e seus textos horrorosos. Logo ele bater em você! O filho-da-puta não sabia nem colocar uma vírgula direito"
"Saí andando por aí. Meu Deus, lá vou eu de novo, batendo pernas pela cidade. Olhei para as caras em minha volta e eu sabia que a minha era que nem a deles. Caras sem sangue, caras tensas, caras angustiadas, caras perdidas. Caras como flores arrancadas do seu caule e enfiadas num vaso bonito, as cores desbotando depressa. Eu tinha que ir embora daquela cidade."
**************
Adoro Colin Farrell, mesmo. Mas Arturo Bandini mora em mim desde os 18. É sagrado. É inventado, é constantemente re-invocado, passeia em meus crepúsculos, habita meus sonhos, lê pra mim "O Cachorrinho Riu".
Tem ar de abandono e cheiro de teimosia romântica.
Vou ver o filme, é claro. Mas vou com medo.
"Saí andando por aí. Meu Deus, lá vou eu de novo, batendo pernas pela cidade. Olhei para as caras em minha volta e eu sabia que a minha era que nem a deles. Caras sem sangue, caras tensas, caras angustiadas, caras perdidas. Caras como flores arrancadas do seu caule e enfiadas num vaso bonito, as cores desbotando depressa. Eu tinha que ir embora daquela cidade."
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Adoro Colin Farrell, mesmo. Mas Arturo Bandini mora em mim desde os 18. É sagrado. É inventado, é constantemente re-invocado, passeia em meus crepúsculos, habita meus sonhos, lê pra mim "O Cachorrinho Riu".
Tem ar de abandono e cheiro de teimosia romântica.
Vou ver o filme, é claro. Mas vou com medo.
1 Comentários:
Adorei os trechos.
Veremos.
Beijo.
Tuca, a desconectada.
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