quinta-feira, dezembro 29, 2005
- Foste te fragmentando (Da série Pergunte ao Pó)
- Relações de Emprego (Da série 'me segura qu'eu vou...
- Fumando a tristeza (Da série Molly Bloom)
- Agonia (Da Série Trilhas sonoras do dia)
- Esperar a dança (Da série Pergunte ao Pó)
- Esperarei por ti (Da Série Canções do Exílio)
- Os Melhores do Ano (Da série Fora de Série)
- Noite de Natal (Da série "Vejo Flores em Você")
- O que é o Amor? (Da série Sagrados e Consagrados)
- Feliz Natal! (Da Série Túnel do Tempo)
3 Comentários:
Esta coisa do exílio, de ser uma "triste desterrada", como dizia Plabo Neruda, é um tanto ambígua em mim. Porque ao mesmo tempo em que sinto-me meio apátrida, carrego minha pátria comigo. Antítese pura. Apesar da distância da minha terra, da minha gente, e da constante vontade do retorno, percebo que o que sinto é uma saudade do que já se foi, do que já não é - da cidade que já ganhou outra paisagem; da casa que já foi remodelada, e já não é mais minha; da família que já não há, senão seus fragmentos; dos amigos que já não estão. E cada vez mais tenho a certeza de que a minha casa agora é onde estou, e que minha família agora é quem está comigo... E quando voltar, estarei voltando a uma outra terra, distinta da que deixei quando parti.
Eu não tenho terra porque quero ter/ser o/do mundo todo.
Eu não tenho casa minha, porque ela é de todos "os meus" refúgio, fonte onde se vai/vem beber o líquido regenerador, mundo.
Mas eu tenho a riqueza toda, porque há os amigos, as letras e a música, as viagens de e para nós, há o amor-paixão-amor que tudo pode e faz mover.
Querida Elisa, meus conceitos de casa (lar), terra (pátria) e riqueza (tesouros) têm mudado nestes últimos anos, desde que me pus no mundo, desde que me fiz andarilha. O hai-kai traduz muito do que sinto. E hoje tudo o que sou, estou e tenho, trago dentro de mim.
Postar um comentário
Voltar