Queria flores assim (Da série Inéditos e Dispersos)
Queria flores assim, de surpresa, sobre
uma mesa que desde sempre sobremesa.
Queria assim, outros verão, eu mais outono,
perdida em texturas de seda, certeza
só, em vertigem, pela passagem secreta
que dá na alameda onde não há abandono.
Queria assim, ainda vivas, em perfume
e colorido, mas o gesto tom pastel,
que me devolvesse o sono. E no gosto,
no gosto o agridoce verde silêncio,
minha lembrança desse teu rosto sem dono.
uma mesa que desde sempre sobremesa.
Queria assim, outros verão, eu mais outono,
perdida em texturas de seda, certeza
só, em vertigem, pela passagem secreta
que dá na alameda onde não há abandono.
Queria assim, ainda vivas, em perfume
e colorido, mas o gesto tom pastel,
que me devolvesse o sono. E no gosto,
no gosto o agridoce verde silêncio,
minha lembrança desse teu rosto sem dono.
Imagem: Tulips - Eric de Vree
4 Comentários:
Lindo, Lindo, Lindo! Adoro tudo o que escreves. Coruja...
:o)
Belo poema, Glaucia! Muito, muito! Beijo! Jaime
Muito bonito... Parabéns!!! Continue. Bjs.
Tuquinha, suspeita suspeitíssima, coruja corujíssima, mas íntima de Eça. Assim que...
Jaime, não fazes idéia do poder que tem um elogio vindo de ti. Uma leve noção: entrei em surto JD (Jump Discontrol) - sobre uma superfície macia, claro, que eu sou doida mas não sou burra! Obrigada, do fundo do coração. Bjs
Anômimo,
(eu adoro os anônimos)
obrigada pelo comentário. E volte sempre.
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